Você já tinha ouvido falar? A Letra Imobiliária Garantida (LIG) é um produto de renda fixa muito interessante para se expor ao setor imobiliário, com baixo risco e uma “dupla garantia”, sendo uma alternativa que pode diversificar e turbinar ainda mais a sua carteira.

De modo geral, as taxas das LIGs são bem atraentes, e lembramos que são ativos de médio e longo prazo, isentos de imposto de renda, contando com diversos indexadores, como IPCA, Selic ou CDI.

Tudo muito bom, tudo muito interessante, ao longo deste texto explicamos mais!

Com sua regulamentação em 2017 e sob o intuito de impulsionar o mercado imobiliário, a LIG se tornou uma excelente opção no mundo da renda fixa. É aquela ideia simples: bom para o Governo que consegue fomentar um setor importante e estratégico para o Brasil, bom para o investidor que conta com mais uma possibilidade e bom para quem capta os recursos.

E quem pode emitir uma LIG?

1. Bancos;
2. Caixas econômicas;
3. Sociedades de credito, financiamento ou investimento;
4. Companhias hipotecarias;
5. Associações de poupança e empréstimos;
6. Cooperativas de credito.

Na prática, esse produto funciona da seguinte forma: a instituição financeira que emite a LIG é a responsável por arcar com os pagamentos, tanto dos juros quanto do principal. Porém, a regulamentação exige que a instituição financeira aparte créditos de seu balanço para cobrir qualquer contratempo de fluxo de caixa. Os recursos ficam administrados por um terceiro agente regulamentado, eliminando, assim, conflitos de interesses.

Complicou? Então vamos a um exemplo mais concreto, a instituição financeira tem que reservar parte de sua carteira para garantir qualquer problema nos pagamentos tanto dos juros quanto do principal. Daí a “dupla garantia”! A garantia da instituição financeira responsável pelos pagamentos, mas caso algum problema aconteça, há também uma garantia adicional, vinda desta outra carteira que foi composta para cobrir a LIG. Assim, apesar de não contar com a cobertura do FGC, ainda assim segue como uma estrutura bem segura.

Como a isenção de imposto de renda torna a LIG bem competitiva e as taxas são atrativas, o retorno tende a ser bastante interessante no longo prazo. Considere também que haverá uma diversificação maior da sua carteira, além de contar com a dupla garantia.

A LIG pode ser atrelada a diversos indexadores de remuneração, como taxas prefixadas, IPCA+ e CDI, sendo este último o mais comum. Como a comparação entre produtos às vezes pode ser confusa, como por exemplo um CDB 100% ou um isento 90%, fizemos um conteúdo especial explicando como calcular o seu retorno e como investir melhor.

Muitas LIGs têm carência de 1 ano, mas em outras você consegue liquidez maior, então é importante se atentar a isto. Para as de liquidez imediata, podemos considerá-las como uma boa alternativa para compor uma reserva de emergência, aqueles recursos voltados para o curto prazo. Já as que têm carência maior ou liquidez no vencimento, você deve atentar à relação risco retorno de longo prazo, dando preferência a retornos condizentes com essa estratégia mais longa. Por fim, a LIG é sim uma alternativa interessante, vale a pena ficar LIGado.