Vamos falar de Reserva de Emergência?
Você já se viu no dilema do “Nossa, preciso economizar” e o “Eu trabalho é pra isso, mesmo”?.
Chega o final de semana e de novo o cartão no limite, afinal só se vive uma vez, não é mesmo?!
Mas não é bem assim. Na verdade planejamento financeiro é crucial para que possamos ter uma vida minimamente organizada e financeiramente saudável. Programar a compra da nova casa, a viagem dos sonhos ou até mesmo a aposentadoria exige um esforço e comprometimento.
Mas, antes dos grandes planos, é preciso dar o passo inicial.
Estou falando de construir sua reserva de emergência.
Quem nunca passou por uma situação emergencial que exigiu um gasto não programado, como por exemplo a conta de um hospital, um problema com a casa e um carro quebrado ou até mesmo uma situação inesperada de desemprego? Independente da causa, o efeito é sempre o mesmo: desfalque na conta bancária!
Pensando nisso, e até melhor, pensando em minimizar o estresse dessas situações, é que se recomenda a criação de uma reserva de emergência.
Um fundo de emergência é uma reserva que permite que você esteja preparado para situações inesperadas sem que precise recorrer a outras formas de financiamento na qual exija um pagamento adicional pelo uso desse dinheiro, como por exemplo um empréstimo. Em outras palavras, sem precisar pagar juros.
Este montante precisa estar alocado em ativos líquidos, que facilitem o acesso aos recursos, uma vez que ele deverá estar disponível no caso de uma emergência, né?!
Geralmente, indica-se que o fundo de emergência tenha o valor equivalente às suas despesas mensais de 3 a 6 meses.
Isso deveria incluir aluguel ou prestação da casa, escola das crianças, as contas mensais da casa, como água, luz, telefone, as compras do mercado, a parcela do carro. Desta maneira, você estaria coberto no caso de ser mandado embora, pagando suas despesas corriqueiras, dando tempo para se realocar, por exemplo.
Mas, como a gente constrói a nossa reserva de emergência?
De pouquinho em pouquinho!
O ideal é começar com um pouco toda vez que o salário entrar na conta. Determinar um objetivo é o primeiro passo.
Valores entre 5% e 10% do salário são um bom ponto de partida. Mas, se ainda não for possível esse montante, avalie suas contas agora e comece a cortar algumas despesas para que sobre um pouco de dinheiro para começar a guardar.
Determinado o percentual de contribuição, o ideal é programar para que este valor seja transferido para sua reserva assim que o recurso estiver disponível (no dia do recebimento do salário, por exemplo) e de preferência automaticamente (que é para não dar tempo de gastar mesmo!)
Uma vez alcançado o objetivo, pronto! Sua reserva está feita.
E não é necessário seguir transferindo dinheiro acima do montante estabelecido. Afinal, geralmente por serem investimentos em ativos de maior liquidez, a rentabilidade acaba sendo menor que outras opções no mercado.
E lembrando que a ideia é que essa reserva seja mesmo utilizada, mas precisamos lembrar de repor o montante assim que possível.
Mas, uma vez que você já se acostumou com o hábito de guardar dinheiro periodicamente, você pode seguir investindo para seu próximo objetivo. Comprar a casa dos sonhos, fazer aquela belíssima viagem às Maldivas ou até mesmo garantir a faculdade das crianças e a sua aposentadoria.
Para saber mais, confira o novo episódio do Inter&Co Podcast falando exatamente sobre isso!