Assunto da semana: Um outro recorde, agora do Bitcoin
Na véspera do feriado, enquanto buscava ideias para este Inter Strategy, postei uma caixinha de sugestões no meu Insta. E dentre diversos tópicos, me chamou atenção o interesse sobre os criptoativos. Então, é sobre isso que vou falar hoje.
Na semana passada, falei sobre os 50 recordes do S&P 500 e como as eleições norte-americanas e as empresas de tecnologia têm contribuído para manter a bolsa americana no nível em que se encontra.
No entanto, ali também causando alvoroço estava ele, o rei dos criptoativos, o causador de intrigas e discussões no almoço de domingo, o super famoso e ao mesmo tempo tão desconhecido: O BITCOIN!
Desde o início do ano, o Bitcoin já sobe 111%. A criptomoeda é, sem dúvidas, a mais conhecida entre todos os criptoativos. Todo mundo já ouviu falar em algum momento de alguém que investiu em Bitcoin e ficou rico ou de alguém que comprou bitcoin e caiu em um golpe. Sem dúvidas, também, esse assunto gera polêmicas entre aqueles que são fãs e aqueles que acham que é bom demais para ser verdade.
E hoje estou aqui para dizer que ninguém está certo! Longe de mim ser a dona da verdade, mas precisamos ir aos fatos.
O Bitcoin veio para disruptar! Isso significa que ele veio para mudar o status quo e, de fato, mudou muita coisa. Principalmente quando consideramos toda a tecnologia que ele trouxe consigo, como o blockchain e a capacidade de garantir movimentações financeiras sem uma centralização ou controle governamental. Mas, também é verdade que com inovação, tecnologia e ganhos financeiros surgem os oportunistas, os charlatões e os golpistas. Isso desde os primórdios, gente! Não é uma exclusividade da nossa era.
Então, se Bitcoin é algo que veio para ficar? Porque ainda existe tanta desconfiança? Vem comigo que vai ter até pizza nessa conversa.
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Vai começar em pizza
Não tem como falar de Bitcoin sem lembrar do fatídico “Pizza Day”. Todos os anos, no dia 22 de maio, celebra-se o Bitcoin Pizza Day. O dia em que, pela primeira vez, o bitcoin foi usado para uma transação comercial, na compra de uma pizza na famosa rede americana Papa John’s. Neste dia, Laszlo Hanyecz, morador da nossa queria Florida, comprou duas pizzas por 10.000 bitcoins, o equivalente a US$ 25. Uma barganha, não?! Para a época, sim.
O problema é que o futuro tende a nos surpreender. E no caso do Sr. Hanyecz, a surpresa veio com um gosto amargo, seguido de uma indigestão. Hoje, cada bitcoin está valendo cerca de US$ 90 mil, ou seja, o cara pagou US$ 900.000.000 por duas pizzas. Ai! Mas em sua defesa, não tinha como saber, né gente?!
Após a grande crise financeira de 2008, o Bitcoin ganhou relevância já que o mercado passava a ser questionado sobre seus controles de riscos e o papel dos bancos centrais para garantir a a proteção do investidor (se quiser um pouco mais de conteúdo sobre Cripto, confira nosso conteúdo especial, o Criptoworld.
Desde então, vimos surgir outros criptoativos, inclusive outras criptomoedas (ou altcoins, como também são conhecidas). Além disso, temos visto cada vez mais adeptos destes ativos, seja por aqueles que realmente acreditam e entendem sobre o futuro desta tecnologia, seja por aqueles que não querem perder o bonde (em inglês, temos um nome para isso: FOMO – Fear of MissingOut, ou Medo de Ficar de Fora rs).
Apesar do surgimento de muitas outras criptomoedas, o Bitcoin segue como o favorito dos investidores e sua dominância também segue consolidada no mercado de criptoativos.
E desde a vitória de Trump, o Bitcoin saiu de cerca de US$ 68 mil para US$ 90 mil, com investidores apostando em uma série de propostas revolucionárias para a indústria prometidas por Trump e seu vice, Vance. Nossa última edição do Criptoworld falou sobre essas medidas e seus impactos sobre as criptomoedas.
E aí fica a pergunta: é hora de investir em cripto?
Se for investir, entenda!
Se estamos falando de uma nova tecnologia que vem mudando a maneira como as transações financeiras são conduzidas e pensadas, sem dúvidas ficar de fora pode custar caro lá na frente. O problema é que muitos acabam investindo sem entender bem o que estão fazendo. E quando você não entende o que está fazendo, se torna presa fácil para aqueles com más intenções. Quem não se lembra do Rei do Bitcoin lá em 2022? Ou do Coach dos Bitcoins agora em novembro de 2024?
Primeira coisa: se a pessoa te abordando dá a entender que essa é uma oportunidade única, exclusiva especialmente para você e alguns selecionados, desconfie! No mercado financeiro, geralmente isso é sinal de que algo não está certo!
Segundo, vamos entender o que são as criptomoedas. Elas podem ser classificadas em três grandes grupos para simplificar.
As duas primeiras geralmente trazem consigo alguma funcionalidade, lastreada por alguma tecnologia disruptiva, como por exemplo o tratamento de transações seguras e descentralizadas, com o blockchain, ou estabilidade de preços para negociações. A depender do que você espera para o futuro, a sua alocação pode transitar em algumas destas classes.
Já as memecoins, como mencionado, vieram como uma sátira para o mundo dos criptoativos. Não possuem lastro nenhum, muitas vezes aparecem mais como uma brincadeira, mas acabam ganhando popularidade. No entanto, não existe nenhum funcionalidade específica que as torne moeda ou um investimento, é bom lembrar disso.
Vieram até me perguntar sobre a PNUT (Peanut the Squirrel).
Gente! Investimento é uma coisa, aposta, brincadeira é outra.
Na nossa sugestão de alocação, os criptoativos entram na parte de investimentos alternativos. A intenção é que nesta classe de ativos, possamos incluir produtos fora do básico, almejando retornos maiores, porém, entendendo que haverá riscos maiores também. Por esta razão, limitamos o percentual a 5% dos investidores com perfil arrojado.