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Bom dia, Inter! – 22/08/24

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Gabriela Joubert

Publicado 22/ago

*Mercado mantém otimismo, mas agora foca em Powell*

O apetite ao risco segue firme nos mercados globais, mesmo que comedido pela cautela, antes de discurso de Powell amanhã. As bolsas mundiais operam nas máximas históricas, antecipando o início de cortes de juros pelo FED, o que vem também beneficiando a bolsa brasileira, que bateu recorde pelo terceiro dia consecutivo.

*Estados Unidos:*
As expectativas de que o FED deve, de fato, iniciar o tão esperado ciclo de cortes em setembro têm contribuído para o maior apetite ao risco dos últimos dias, devolvendo praticamente todas as perdas observadas no início do mês. As apostas voltaram a precificar até 100 p.b. de cortes no ano, principalmente depois da revisão do payroll, que reduziu em mais de 800 mil o número de criação de vagas em 2023, e dos minutos do FED, que mostraram uma maior propensão dos membros do FED para entregar algum corte no próximo encontro. Logo após a divulgação da revisão do payroll, vimos forte volatilidade ao longo do dia, mas as bolsas acabaram fechando em alta moderada. Agora, mercados aguardam discurso de Powell amanhã em Jackson Hole, em busca de mais confirmação de que haverá um corte em setembro.

*Mundo:*
Na Ásia, as bolsas tiveram um dia misto, com investidores cautelosos antes de discurso de Powell e do presidente do BoJ, Kazuo Ueda, ambos na sexta. No Japão, o PMI manufatura mostrou desaceleração menor que o esperado, enquanto na China, economistas pedem que o governo aumente o teto de gastos para ajudar consumidores e governos locais, ao mesmo tempo que as projeções para o crescimento econômico vão sendo revisadas para baixo. Na Europa, tivemos um mix de dados macroeconômicos. Na França, serviços surpreenderam positivamente, enquanto na Alemanha, os PMIs mostram que a economia ainda patina. Já no Reino Unido, o setor privado mostrou maior crescimento em quatro meses, juntamente com menor pressão de preços. As bolsas sobem.

*Brasil:*
Seguindo os pares internacionais, o Ibovespa fechou em leve alta, de 0,28%, batendo novo recorde. Os papeis da Vale tiveram forte contribuição positiva, ao avançarem quase 2%, seguindo a recuperação do minério de ferro nos mercados internacionais. No campo político, as discussões sobre a sucessão no comando do Banco Central continuam, isso em meio às divergências no mercado quanto ao rumo da política monetária local, com discussões sobre a possibilidade de um aumento na Selic até o fim do ano. Ontem, soltamos nossa revisão de cenário e mantivemos nossa projeção de Selic inalterada para este ano, em 10,5%, uma vez que o atual patamar já é bastante restritivo. No entanto, revisamos para cima nossa projeção de inflação, agora em 4,4% para este ano. Na agenda de hoje, mercado olha confiança do empresariado, arrecadação de julho, além de participação de RCN e Galípolo em eventos.

*Abertura:*
Na abertura, o índice dólar (DXY) opera estável, assim como os futuros em Wall Street, enquanto os juros das Treasuries têm leve avanço. Petróleo também tem pouca mudança nesta manhã e Bitcoin recua.

*O que esperar?*
Mercado local monitora preços das commodities e seus efeitos nas exportadoras, além do cenário externo que tem contribuído para o momentum positivo do Ibovespa, em especial com as Blue Chips. Dados de arrecadação ficam no radar, assim como as discussões sobre o rumo dos juros no país.


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