Bolsas foram impulsionadas pelos dados de inflação nos Estados Unidos ontem, com setor de tecnologia avançando e puxando índices. Hoje, mercado olha PPI e decisão de juros na Europa. No Brasil, reoneração da folha e dados de varejo no radar.

Estados Unidos:

Setor de tecnologia tem forte recuperação pós-CPI e bolsas lá fora avançam, com investidores se reposicionando diante da possibilidade de que o FED realmente traga um ciclo de cortes menos agressivo, uma vez que a economia continua forte e a inflação em linha com as expectativas. Os dados de CPI fizeram reduzir as apostas de corte de 50 p.b. na próxima reunião agora em setembro. Os juros das Treasuries de 10 anos avançaram para 3,66%, assim como os juros de 2 anos que também subiram. Hoje, futuros indicam manutenção da alta de ontem, enquanto mercado se prepara para conhecer o PPI de agosto, a inflação ao consumidor, que deve ter leve avanço, além de dados de mercado de trabalho.

Mundo:

Na Ásia, as bolsas seguiram Wall Street e encerraram em alta. No Japão, o diretor do BoJ, Tamura, sinalizou ao mercado que a taxa neutra de juros pode ser de 1%, o que impulsionou o iene. Na China, governo ainda lida com o estresse no mercado de bonds. Na Europa, o Stoxx avança 1% nesta manhã, com forte contribuição do setor de tecnologia e das fabricantes de chips. Hoje mercado volta seu foco à decisão de do BCE, que deve trazer mais um corte de juros, trazendo a taxa básica a 3,5%. Recentemente, vimos fortes discussões entre os membros da instituição que seguem divididos entre o ritmo de cortes e seu efeito na economia.

Brasil:

O Ibovespa fechou em alta ontem, mas aquém dos pares internacionais, e avançou 0,27%, puxado por Vale. O dólar fechou estável, em R$ 5,66. Além do setor de mineração, que subiu com a recuperação dos preços do minério de ferro, o setor de educação foi também destaque de alta ontem, com aumento de posição de investidores institucionais. O destaque local hoje fica por conta da aprovação do texto-base do projeto para reoneração gradual da folha de pagamento e os dados do varejo. O otimismo externo e a alta das commodities também podem dar força ao Ibovespa.

Abertura:

Na abertura, o índice dólar (DXY) opera em leve alta, assim como os juros das Treasuries e os futuros em Wall Street. Commodities também estão em alta, em manhã de otimismo generalizado.