*Mercados cautelosos em semana cheia*
Após uma semana marcada pela volatilidade, com uma segunda caótica e forte recuperação em seguida, mercados iniciam esta semana em ritmo de cautela, aguardando dados macroeconômicos importantes tanto no exterior, com PPI e CPI nos Estados Unidos, como localmente, com diversos indicadores de atividade. Político fica no radar, com esforços no Congresso para reforma tributária.
*Estados Unidos:*
Os índices norte-americanos encerraram a semana passada praticamente de lado, após dias de grande volatilidade, refletindo a oscilação de humor dos mercados diante das apostas de que os Estados Unidos possam estar caminhando para uma recessão. Já esta semana, vemos um mercado ansioso pela robusta bateria de dados prevista para os próximos dias, com PPI e CPI no radar, além de dados do setor imobiliário e números da temporada de balanços. Temos visto mercado precificando até 100 p.b. de cortes ainda este ano, ao mesmo tempo que o FED vem reafirmando a necessidade de observar a evolução dos dados macroeconômicos, em especial inflação e mercado de trabalho.
*Mundo:*
Na Ásia, vimos uma segunda-feira mais calma, sem grandes catalisadores, mas com o iene perdendo força ante o dólar, após um ex-diretor do BoJ dizer que não acredita que o BC japonês deva elevar os juros novamente ainda este ano. Na China, as bolsas encerraram em leve queda, antes de dados de atividade ao longo da semana, enquanto mercado de bonds teve alguma pressão com interferência do governo. Na Europa, temos um dia sem grandes emoções, com os índices operando em leve alta, mas próximos à estabilidade. No destaque positivo, setor de energia, seguros e telecom, enquanto saúde, real estate e varejo recuam. Foco está no posicionamento dos BCs locais, principalmente o BCE e o BoE e as apostas de cortes de juros em breve. Mercado aguarda CPI e dados de mercado de trabalho.
*Brasil:*
Após uma semana volátil nos mercados externos e aqui também, o Ibovespa encerrou a sexta no maior nível desde janeiro deste ano, com o dólar recuando a R$ 5,50. A recuperação das bolsas internacionais contribuiu para elevar o humor local, mas a temporada de balanços também teve sua colaboração, com bancos e varejistas na ponta positiva, compensando a queda da Petrobras após resultados. Na semana, o índice subiu 3,7%. No político, Câmara e Senado fazem esforço conjunto para aprovação dos projetos pendentes, como reforma tributária. RCN, presidente do Bacen, faz palestra na FGV, e Haddad também participa de evento. Lula se reúne com diversos ministros. Na agenda da semana, teremos diversos indicadores, com dados de Serviços, Varejo, Balança e outros.
*Abertura:*
Na abertura, o índice dólar (DXY) opera praticamente estável, enquanto futuros e juros das Treasuries têm leve avanço em Nova Iorque. Commodities sobem em sua maioria. Criptoativos também avançam.
*O que esperar?*
A semana começa mais leve, com investidores em compasso de espera pelos dados macroeconômicos que serão divulgados tanto no Brasil quanto no exterior. A temporada de balanços deve seguir fazendo preço, enquanto local olha também esfera política.