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Bom dia, Inter! – 10/09/24

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Gabriela Joubert

Publicado 10/set

Mercados voláteis antes de inflação

E a volatilidade continua e mercados hoje amanhecem em rota de correção, revertendo o sinal positivo de ontem, enquanto investidores aguardam dados de inflação e decisões de juros na Europa. No Brasil, Focus mostra Selic em 11,25% ao fim do ano, com mercado pressionando por conta do fiscal. Hoje, mercado monitora IPCA.

Estados Unidos:

Após fecharem em alta ontem, puxadas pelas empresas de tecnologia, indústria e consumo majoritariamente, hoje futuros em Wall Street arrefecem, com dados de inflação no rol de divulgações da semana. O S&P500 teve o pior início de mês desde a década de 50 e a ainda vemos forte volatilidade, com investidores indecisos ainda sobre o tão almejado soft landing ou a tão antecipada recessão, que seria causada pela letargia do FED em iniciar o corte de juros (confira nosso último relatório Global Markets). O campo político também ganha a atenção dos investidores, com o debate entre Trump e Kamala hoje à noite.

Mundo:

Na Ásia, as bolsas na China subiram nesta madrugada, impulsionadas por dados da balança comercial, com exportações crescendo 8,7% a/a (vs expectativas de 6,5%) e apesar das importações terem ficado praticamente estáveis, mostrando que consumo interno ainda continua fraco. No Japão, o Nikkei ficou praticamente estável. Na Europa, bolsas estão mistas, mas perto da estabilidade. Por lá o foco está na decisão do BCE na quinta-feira, com expectativas de mais um corte na taxa básica de juros. As discussões sobre continuidade do ciclo de cortes parecem mais favoráveis agora, considerando os dados recentes de desaceleração tanto da atividade quanto da inflação na região e que contribuem para uma política monetária mais flexível.

Brasil:

Seguindo o otimismo do exterior, o Ibovespa encerrou em campo positivo, apesar de levemente em alta, enquanto o dólar recuou a R$ 5,59. O relatório Focus do Banco Central mostrou novo avanço nas projeções da Selic que saltaram de 10,5% para 11,25% ao fim deste ano, sugerindo um aumento de 75 p.b. nas próximas reuniões. Ao mesmo tempo, mercado aguarda atento pelo IPCA a ser divulgado hoje. No corporativo, tivemos forte contribuição positiva dos bancos, além da Petrobrás, que avançou seguindo a alta do Petróleo. No político, a Câmara pode botar projeto que trata da desoneração da folha de pagamentos e o que trata da dívida dos estados com a União. Na agenda, além do IPCA, teremos também dados da indústria.

Abertura:

Na abertura, o índice dólar (DXY) opera relativamente estável, enquanto futuros em Nova Iorque recuam e os juros das Treasuries subiam, mas revertem. Petróleo cai, mas minério de ferro hoje avança, com estímulos na China. Bitcoin opera perto da estabilidade.

O que esperar?

O foco hoje fica por conta do IPCA que deve mostrar desaceleração, mas não o suficiente para revisão das projeções de alta na Selic para o ano. As commodities mistas devem surtir seu efeito no índice, com possibilidade de recuperação das mineradoras e correção das petroleiras.


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