Renda Variável


Bom dia, Inter! – 03/09/24

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Gabriela Joubert

Publicado 03/set

Bolsas sob pressão, em semana repleta de dados macro

Mercados seguem cautelosos antes dos dados macroeconômicos nos Estados Unidos e que podem ajudar a confirmar o rumo da política monetária por lá. Por aqui, o foco segue no fiscal e nas discussões sobre orçamento e seus efeitos sobre a Selic. Mercado monitora Manufatura e dados do setor imobiliário nos Estados Unidos e PIB no Brasil.

Estados Unidos:


Na volta do feriado, futuros em Nova Iorque incorporam a cautela que predominou nos mercados ontem e também recuam, enquanto investidores se preparam para a bateria de dados macro a serem divulgados esta semana e que oferecerão uma ideia sobre a saúde da economia norte-americana, além do que esperar sobre a política monetária para o restante do ano. Esperamos a continuidade da volatilidade vista no mês passado, especialmente com o início das campanhas eleitorais para presidência. Teremos hoje os dados de manufatura, seguido por diversos números de mercado de trabalho e imobiliário nos próximos dias e finalizando com o payroll e desemprego na sexta. Mercado segue dividido entre as apostas de 25 ou 50 p.b. de corte na reunião agora de setembro, de acordo com a Bloomberg.

Mundo:


Seguindo o comportamento da véspera, os índices asiáticos encerraram em queda nesta madrugada. No campo geopolítico, China advertiu alguns países como Canadá, Japão e outros sobre retaliação protecionista a alguns produtos. O país segue enfrentando movimentos de taxação de seus produtos em diversas regiões, tornando mais um desafio para a já complexa situação quanto ao seu ritmo de crescimento econômico. No Japão, Kazuo Ueda, presidente do BoJ, reafirmou que o BC poderá subir juros, caso necessário. Com isso, iene voltou a ganhar força. Na Europa, bolsas também recuam. A agenda está mais tranquila, mas mercados focam no debate interno do BCE quanto ao panorama de riscos para a flexibilização dos juros, em especial reavaliando pressões inflacionárias e atividade.

Brasil:


Em dia de poucos volumes por conta do feriado na América do Norte, o Ibovespa fechou em queda de 0,81%, pressionado pelo mau humor global, mas também pelos receios fiscais internamente. Dentre os destaques de queda, Azul recuou com investidores preocupados com sua fusão com a Gol. Mineradoras também cederam, refletindo a queda do minério de ferro. O dólar encerrou em R$ 5,61. O fiscal segue como o calcanhar de Aquiles no mercado local, implicando em maiores prêmios na curva de juros, apesar do cenário macroeconômico melhor que o antecipado. Hoje, Simone Tebet apresenta a proposta de Orçamento de 2025 ao Senado e Congresso se prepara para a sabatina de Gabriel Galípolo. Hoje, será divulgado o PIB do 2T24.

Abertura:


Na abertura, o índice dólar (DXY) está em leve alta, enquanto as bolsas recuam e os juros das Treasuries operam sem grandes alterações. As commodities caem em peso, com minério de ferro recuando quase 4% e petróleo cedendo cerca de 2%. Criptoativos estão de lado.

O que esperar?


Em dia de volta do feriado nos Estados Unidos, devemos ter bastante volatilidade nos mercados aqui e lá fora. As commodities em queda devem pressionar o Ibovespa e investidores locais monitoram dados do PIB e movimentações no governo e congresso sobre o fiscal.


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