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Bom dia, Inter! – 02/09/24

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Gabriela Joubert

Publicado 02/set

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Novo mês, mesmas preocupações

Começamos um novo mês e mercados estão fechados na América do Norte por conta do feriado do Labour Day, mas no resto do mundo o sentimento é de preocupação, com as bolsas recuando, conforme setembro vem se consagrando com um mês desafiador para os mercados, com bolsas em queda e VIX em alta, conforme observado pela Bloomberg nos últimos quatro anos.

Estados Unidos:


Mercados hoje estão fechados por conta do Labour Day, mas a semana promete ser agitada. Na semana passada, o S&P 500 chegou próximo à sua máxima histórica na sexta, mas agora a atenção se volta aos dados de mercado de trabalho na sexta-feira, com FED e investidores monitorando o ritmo de criação de vagas na economia, bem como a taxa de desemprego, já que isso deve determinar a cadência de cortes de juros pelo FED para o restante do ano. As apostas já mostram um corte de 50 p.b. na próxima reunião em setembro. Teremos também na semana, dados da construção, Manufatura e o livro bege do FED.

Mundo:


Na Ásia, mercados fecharam em queda em sua maioria, refletindo dados piores que o esperado na China. O PMI Manufatura recuou para menor nível em seis meses, ficando em 49,1 pts, abaixo do consenso, enquanto o PMI de Serviços seguiu firme acima dos 50 pts. No entanto, o setor de Real Estate continua enfrentando desafios com a crise imobiliária e as vendas de novas casas continuam retraindo. Os dados colocaram em dúvida a capacidade da China de crescer 5% este ano sem que novos estímulos sejam apresentados. Com isso, as bolsas na Europa também recuam, prejudicadas pelas mineradoras que caem em reflexo à queda de mais de 4% do minério de ferro. O PMI na zona do euro também ficou em nível contracionista pelo 26º mês consecutivo. Membros do BCE divergem quanto ao cenário macro à frente e complicam as projeções de cortes de juros pelo mercado.

Brasil:


No Brasil, mercado fica atento ao relatório Focus e projeções de inflação e juros, mesmo com o arrefecimento do IPCA-15, uma vez que as queimadas no Brasil e a mudança da bandeira tarifária nas contas de energia elétrica podem trazer alguma pressão adicional para frente. Apesar de fala de RCN na semana passada, sa discussões sobre a Selic aqui devem continuar, com mercado ainda pedindo uma nova alta na taxa de juros local. Na agenda, teremos PIB e dados de inflação, além do detalhamento dos números do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2025.

Abertura:


Na abertura, o índice dólar (DXY) está estável, enquanto mercado de ações e bonds nos Estados Unidos estão fechados. As commodities metálicas têm forte queda com destaque para o minério de ferro que cai mais de 4%. Petróleo opera estável, assim como bitcoin, em dia de menos liquidez global.

O que esperar?


Com bolsas americanas fechadas, devemos ter um dia de menor volume na bolsa brasileira, mas mercado fica de olho no relatório Focus e nas projeções de inflação e da Selic. Minério de ferro em queda pode impactar nas mineradoras que devem recuar, assim como seus pares internacionais.


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