Renda Variável


Panorama Pix | Janeiro 2023

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Matheus Amaral

Publicado 24/fev5 min de leitura

Volume financeiro em transações Pix atingiu R$1.144 bi em janeiro, uma queda sazonal em relação ao mês de dezembro, que havia batido recorde com R$1.224 bi em transações (-8,9% m/m). A quantidade de transferências também apresentou queda e totalizou no mês 2.586 milhões (-1,60% m/m). O ticket médio do Pixfoi de R$ 430 (+1,7% m/m) mas segue reduzindo gradativamente a medida que a ferramenta se populariza. A representatividade no sistema de pagamentos se manteve em 22% do volume financeiro de transferências em janeiro, enquanto TED caiu 1 p.p. m/m e o boleto avançou 1 p.p. m/m.

No 2T22, o Pix se manteve como maior instrumento transacionado, mas em volume financeiro figura na 4ª posição com tendência de ultrapassar o Boleto e se aproximar das Transf. Interbancárias e TED. As transações totalizaram 5.470 milhões no 2T22 (+28% t/t), enquanto o volume financeiro totalizou R$ 2.554 bilhões (+23,4% t/t). O principal meio de transação segue sendo o telefone celular que ampliou a representatividade para 76% do sistema no 2T22 e contínua tendência de avanço em detrimento de meios físicos como ATM e Agências, além do Internet Banking ter perdido espaço para o mobile. Em pagamentos, a tendência também é a mesma, com o mobile representando 51% e o internet banking 23%.

Número de chaves avançou 2,6% m/m com maior crescimento em PJ (+2,9% m/m) e faixa etária continua majoritariamente mais jovem. O total de chaves foi de 539 milhões, com 95,4% das chaves representadas por pessoas físicas. Já o total de usuários somou 143 milhões, uma média de quatro chaves por pessoa e duas chaves por PJ, enquanto o limite é de cinco para PFse 20 para PJ. A faixa etária por usuários do Pix mostrou estabilidade entre todos os usuários. O uso regional também se estabilizou com o Sudeste representando 43%, Nordeste 27%, Sul 12%, Norte 10% e Centro-Oeste 9%.

Sem maiores alterações, as transações P2P seguem como mais representativas com 64% do transacionado, seguida pelas transações P2B com 26%. Em volume financeiro, as transações P2P e B2B representam respectivamente 38% e 38%, seguidas pela B2P e P2B, com 13% e 11%. O ticket médio por sua vez é naturalmente maior nas transações envolvendo PJ, logo as transações B2B possuem um ticket médio de R$ 5.549 (-2,3% m/m) e P2P de R$ 257 (estável m/m) e todas as outras também com tendência de queda com a maior popularização e uso do Pix no dia a dia.

O Pix Saque tem apresentado maior utilização que o Troco. As transações com saque totalizaram 547 mil em janeiro (-3,8% m/m), já o volume financeiro no Saque foi de R$ 86 milhões (+16,4% m/m) acelerando contra o mês passado. O Pixtroco registrou 5 mil transações (-17,9% m/m) e um volume financeiro de R$ 723 mil (-9,9% m/m). O ticket médio do PixSaque foi de R$ 158 no mês, avançando 21,1% m/m, enquanto o ticket médio do PixTroco foi de R$ 135 (+9,8% m/m) causados por um volume financeiro maior versus a queda sazonal das transações.


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