O mercado de criptomoedas inicia a semana com um tom de cautela, refletindo as recentes movimentações regulatórias e a tradicional sazonalidade negativa do mês de setembro. Os ETFs de Bitcoin e Ethereum registram saídas líquidas pelo sexto dia consecutivo, totalizando US$ 37,2 milhões e US$ 37,5 milhões, respectivamente. Paralelamente, o Banco Central do Brasil avança com o projeto DREX, publicando os cases aprovados para a segunda fase, sinalizando progressos na implementação da moeda digital do banco central.

A análise histórica do desempenho do Bitcoin revela que setembro tem sido consistentemente o mês mais desafiador para a criptomoeda. Desde 2014, apenas três meses de setembro apresentaram variação positiva, todas abaixo de 10%. Este padrão sazonal reforça a cautela dos investidores, com muitos optando por reduzir sua exposição ao mercado durante este período.

O mercado de criptoativos enfrentou uma semana desafiadora, com o Market Cap. recuando para US$ 1,98 trilhões, registrando uma queda de 4,8%. Esse movimento de baixa foi influenciado pelo resultado macroeconômico abaixo do esperado nos Estados Unidos, onde apenas 142 mil vagas de emprego foram criadas em agosto. O TVL em DeFi também sofreu uma retração, encerrando a semana em US$ 139,376 bilhões, uma queda de 4,79%.

Entre as principais criptomoedas, a maioria apresentou desempenho negativo. O Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH) lideraram as perdas, com quedas de 7,49% e 7,94%, respectivamente. Outras altcoins também enfrentaram pressão de venda, com Polygon (MATIC) e Chainlink (LINK) registrando quedas de dois dígitos, caindo 10,67% e 10,83%, respectivamente.

Apesar do cenário desafiador, algumas criptomoedas conseguiram se destacar positivamente. Aave (AAVE) apresentou uma leve valorização de 0,15%, enquanto Litecoin (LTC) subiu 1,85% na semana.

A dominância do Bitcoin permaneceu relativamente estável, fechando a semana em 56,06%.

Banco Central divulga casos de uso selecionados para 2a fase do Drex

Banco Central divulgou os 13 casos de uso selecionados para serem testados na segunda fase do projeto piloto do Drex, que visa construir uma infraestrutura financeira baseada em tecnologia Ethereum. Os participantes agora serão responsáveis por desenvolver as soluções dentro da rede permissionada Hyperledger Besu, garantindo sua viabilidade e compatibilidade com as medidas de privacidade exigidas. O Banco Central também abrirá uma chamada para novos consórcios entrarem no projeto ao longo do primeiro trimestre de 2025. (link da notícia)

Uniswap é multada em US$ 175 mil por oferta ilegal de ativos, segundo CFTC

A Uniswap Labs, empresa responsável pela maior exchange descentralizada (DEX) Ethereum, a Uniswap, aceitou pagar a multa de US$ 175.000 à Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA (CFTC). A punição foi aplicada por supostamente oferecer de forma ilegal transações alavancadas ou com margem de ativos digitais para o varejo. Além da multa, a Uniswap deve cessar violações ao Commodity Exchange Act (CEA). Essa não é a primeira vez que a empresa enfrenta problemas com reguladores, tendo sido alvo de investigações da SEC anteriormente. (link da notícia)

Projeto de criptomoeda apoiado por Trump visa impulsionar domínio do dólar americano

Donald Trump e seus filhos estão promovendo um projeto de criptomoeda chamado World Liberty Financial, que busca incentivar a adoção em massa de finanças descentralizadas (DeFi) usando stablecoins atreladas ao dólar. O objetivo declarado é garantir a liderança financeira dos EUA no cenário global. O projeto, que será baseado em uma cópia da plataforma Aave, planeja emitir seu próprio token WLFI, com 70% reservado para insiders. Apesar dos riscos envolvidos no espaço DeFi, como hacks e golpes, Trump tem se posicionado como "presidente cripto" em sua campanha presidencial. (link da notícia)

Robinhood é multada em R$ 21 milhões por proibir saques de criptomoedas

A plataforma de investimentos Robinhood foi multada em R$ 21 milhões pelo estado da Califórnia devido a uma política, já revertida, que proibia os usuários de sacar suas criptomoedas entre 2018 e 2022. Apesar de ter permitido os saques desde então, a empresa foi punida por violar leis estaduais referentes a investimentos em commodities. Além disso, a Robinhood enfrenta uma possível ação da SEC, que alega que alguns dos ativos criptográficos oferecidos pela plataforma seriam valores mobiliários. (link da notícia)

• TVL (Total Value Locked): métrica que representa o valor total de ativos depositados e bloqueados em protocolos descentralizados de finanças (DeFi) e outros aplicativos baseados em blockchain.

• Halving: evento programado no protocolo do Bitcoin que reduz pela metade a recompensa de mineração a cada 210.000 blocos minerados, o que ocorre aproximadamente a cada 4 anos. O halving é um mecanismo deflacionário que controla a emissão de novos bitcoins e contribui para a escassez e valorização da criptomoeda a longo prazo.

• Altcoins: termo que engloba todas as criptomoedas e tokens alternativos ao Bitcoin. As altcoins abrangem uma ampla gama de projetos com diferentes propósitos, tecnologias e casos de uso, como Ethereum, Solana, Cardano, entre outras.

• DeFi (Decentralized Finance): ecossistema de aplicativos e protocolos financeiros construídos sobre redes blockchain, principalmente Ethereum, que buscam oferecer serviços financeiros de forma descentralizada. O DeFi engloba uma serviços como empréstimos, negociação de ativos, gestão de portfólio e seguros.