Após o susto do início da semana com o efeito DeepSeek, mercados encaminham para fechar a sexta-feira em tom positivo, apesar do acumulado até ontem trazer uma semana em leve queda nos indicadores norte-americanos. Nova York indica alta com balanços positivos da Apple e Intel e o Ibovespa surpreende após Copom deixar em aberto a decisão para maio e decisão reforçar a independência do Banco Central. No radar do dia, investidores monitoram PCE e fala de dirigente do Fed nos EUA e Taxa de Desemprego por aqui.

Estados Unidos

Mercados em Wall Street fecharam em alta na última sessão, com investidores digerindo os balanços das big techs e os desdobramentos da decisão do Fed. A Microsoft recuou mais de 6% com preocupações sobre gastos com inteligência artificial, enquanto a Nvidia conseguiu reverter perdas e fechou em leve alta após anúncios de parceria estratégica. A Tesla também subiu, embalada por projeções otimistas de crescimento. Além disso, o mercado monitora a decisão de Donald Trump de impor tarifas de 25% sobre produtos do México e Canadá, a começar em fevereiro, medida que elevou a volatilidade ontem. No pré-mercado de hoje, Apple e Intel avançam após balanços, impulsionando os futuros hoje. Investidores ficam de olho na agenda econômica com a divulgação do PCE, métrica preferida do Fed para calibrar a política monetária, além de falas da dirigente do Fed, Michelle Bowman.

Mundo

Bolsas na Ásia fecharam em alta, com o Nikkei no Japão acompanhando os ganhos em Wall Street apoiado por ações de tecnologia. Já o sul-coreano Kospi, caiu na volta do feriado do ano novo lunar, em um movimento atrasado do efeito DeepSeek nas ações de fabricantes de chips por lá. Mercados na China permanecem fechados por conta do feriado. Na Europa, bolsas abrem em alta, refletindo a postura mais dovish do Banco Central Europeu, que reforçou a possibilidade de novos cortes de juros este ano. O CPI da Alemanha veio abaixo das projeções, reforçando a flexibilização monetária do BCE.

Brasil

O Ibovespa teve um dia de forte alta, atingindo quase 127 mil pontos e com o último pregão de janeiro hoje, o índice encaminha para fechar o melhor mês desde agosto, acumulando ganho de 5,51% no mês, a caminho do melhor desempenho desde agosto, quando subiu 6,54% quando registrou sua máxima histórica de 137 mil pontos. O avanço contou com a ajuda do resultado primário do governo, que veio melhor que o esperado e pelo reforço da independência do Banco Central após decisão de alta nos juros na reunião de quarta-feira. Ações da Magazine Luiza foram destaque de alta e demais companhias de consumo, com a indicação no comunicado do Copom de que após mais uma alta de 100 bps em março, a decisão de juros em maio estaria em aberto. No radar, a Totvs afirmou que segue avaliando se apresentará, ou não, uma proposta pela Linx. Na agenda do dia, o mercado aguarda os dados da taxa de desemprego.

Abertura

Na abertura, o índice dólar (DXY) opera e os juros das Treasuries operam em alta, acompanhando a agenda de tarifas de Trump. Os futuros de Nova York indicam mais um dia positivo, com destaque para Apple e Intel após balanço. O petróleo avança com expectativas sob a maior demanda global.