Mercados de lado, mas na China a festa continua
Bolsas na China caminham para a maior alta em 16 anos, com investidores ainda processando o superpacote anunciado pelo governo chinês na semana passada. Na Europa, bolsas recuam com cortes nas projeções de diversas montadoras. No Brasil, Haddad e RCN ficam no radar dos investidores, em semana carregada de dados macro.
Estados Unidos:
Na semana passada, os dados de inflação, medidos pelo PCE, vieram em linha com o esperado, enquanto consumo ainda se mostrou resiliente, confirmando a solidez da economia norte-americana. Os juros das Treasuries recuaram após os dados de inflação elevarem as chances de mais cortes pelo Fed. As bolsas fecharam mistas, com Dow batendo recorde e S&P500 e Nasdaq recuando. Hoje, futuros amanhecem de lado, enquanto investidores monitoram as notícias vindas da China com ceticismo e se preparam para mais alguns dados macro importantes, como no mercado de trabalho, e fala de Jerome Powell, ao mesmo tempo que monitoram o cenário político, antes de eleições.
Mundo:
Na Ásia, o otimismo com o pacote chinês continua e as bolsas por lá seguem em alta forte, com o CSI 300 avançando mais de 8% na madrugada, trazendo o melhor desempenho do índice em 16 anos. O minério de ferro avança mais de 8% também, com estímulos ao setor imobiliário ajudando a impulsionar as expectativas de maior demanda pela commodity. Na Europa, as mineradoras e as grandes varejistas de luxo avançam, mas as bolsas operam em terreno negativo, espelhando cortes de projeções de grandes automotivas e outras companhias para o ano, conforme investidores se preparam para a temporada de balanços. Os conflitos no Oriente Médio também elevam as tensões pela região. Na semana, mercado acessa dados de inflação e atividade manufatureira na zona do euro.
Brasil:
O Ibovespa encerrou em queda de 0,21% na sexta, com retorno acumulado de 1,36% em semana que foi marcada pelo otimismo vindo da China, inflação local melhor que o esperado, mas risco fiscal ainda pesando no humor e nas projeções. O dólar ficou estável em R$ 5,43. Apesar do bom humor com China, os papeis da Vale recuaram na sexta, com notícia de que a Cosan poderia vender sua participação na companhia, de quase R$ 2,2 bi. Hoje, com as commodities em alta, podemos ter um dia positivo para as exportadoras, apesar do cenário externo mais limitado poder conter os ânimos do Ibovespa. Na agenda, RCN participa de reunião com grandes nomes do mercado, Haddad dá entrevista e Bacen divulga os resultados das contas do setor público.
Abertura:
Na abertura, o índice dólar (DXY) está de lado, os futuros em Wall Street estão em leve queda, assim como as Treasuries. O índice Vix segue operando aos 17 pontos. Petróleo têm leve recuo, diante de possibilidade de nova escalada nos conflitos no Oriente Médio, enquanto minério de ferro avança mais de 8% em Dalian, com estímulos na China. Bitcoin recua quase 4%.