Mercados globais ficam de olho na volta do feriado nos EUA e noinício da temporada de compras de fim de ano com a Black Friday. No Brasil, o choque do mercado após o anúncio do pacote fiscal e a isenção de IR trouxe o dólar para novo patamar de R$ 6, queda generalizada na bolsa e avanço dos juros futuros de 2 anos para quase 14%.

Estados Unidos

Os mercados dos EUA retomam as operações hoje com uma sessão mais curta após o feriado de Ação de Graças. O foco está no varejo, com a Black Friday marcando o início da temporada de compras de fim de ano. A expectativa é de um consumo robusto, mesmo em um ambiente de inflação persistente e crédito mais caro. No pré-mercado, os futuros em Nova York avançam, refletindo otimismo com os indicadores iniciais das promoções. Além disso, os mercados monitoram o desempenho das empresas de tecnologia, que enfrentaram ajustes nos últimos dias, e aguardam novos dados econômicos na próxima semana, incluindo indicadores do mercado de trabalho.

Mundo

Na Ásia, as bolsas encerraram o pregão de forma mista. O destaque ficou com o Japão, onde a inflação de Tóquio acelerou para 2,2%, aumentando as expectativas para a próxima reunião do Banco do Japão, em dezembro. Na China, as incertezas sobre estímulos após a reunião do governo em dezembro e a meta de crescimento de 5% para 2025, pressionaram os mercados locais. Na Europa, as bolsas operam em leve queda, refletindo os dados fracos do varejo na Alemanha e o baixo dinamismo da zona do euro. O setor de consumo tenta capturar o início da temporada de promoções da Black Friday.

Brasil

O mercado local segue digerindo a divulgação do pacote fiscal anunciado pelo governo. As medidas detalhadas incluíram cortes de gastos, limitações a reajustes salariais e tributações adicionais para rendas altas, esperam economizar R$ 70 bilhões até 2026, segundo o governo. Por outro lado, também foi anunciado a isenção de Imposto de Renda para salários até R$ 5 mil, que pode reduzir a arrecadação em R$ 40 bilhões. O mercado avalia as chances reais de aprovação dessas medidas no Congresso e sua eficácia para equilibrar as contas públicas, o que mantém os prêmios de risco elevados e trouxe o dólar para novo patamar de R$ 6, juros de 2 anos a quase 14% e queda de 2,4% na Bolsa. Investidores monitoram o almoço anual da Febraban, com Fernando Haddad e Gabriel Galípolo do BC e dados de desemprego a serem divulgados hoje.

Abertura

Na Abertura, o índice dólar (DXY) recua levemente, enquanto os juros das Treasuriesseguem estáveis e os futuros avançam com expectativas sobre as vendas de final de ano. O petróleo Brent cai com expectativas da reunião da OPEP+ e uma perspectiva que o grupo amplie a oferta da commodity em 2025. O Bitcoin avança e negocia a de 96 mil dólares.