Petróleo despenca e bolsas sobem
A semana inicia em tom de alívio, após os ataques de Israel ao Irã terem evitado os complexos de produção de petróleo e a commodity recua mais de 6% nesta manhã. Bolsas avançam, recuperando-se das quedas da semana passada. Investidores se preparam para semana cheia de resultados corporativos, incluindo o das Big Techs, além de dados macro como payroll, e por fim as eleições presidenciais nos Estados Unidos, dia 05/11.
Estados Unidos:
Futuros avançam nesta manhã, seguindo um certo alívio que domina os mercados após os ataques de Israel a Irão terem evitado complexos de produção de petróleo. Teremos semana de agenda robusta tanto pelo lado macro quanto pelo lado corporativo. Na temporada, as Big Techs ficam no radar com resultados Alphabet, Amazon e Microsoft sendo divulgados na semana. Investidores esperam um crescimento de 19% a/a nos lucros das Sete Magníficas, o que seria o menor crescimento reportado em seis trimestres. Já pelo lado macro, teremos diversos dados sobre o mercado de trabalho, com payroll na sexta. A pressão sobre os bonds norte-americanos deve continuar nos próximos dias, com dados sobre a dívida do Tesouro. Por fim, mercado espera ansioso pelas eleições presidenciais no dia 05/11, uma vez que as pesquisas mostram ambos os candidatos empatados.
Mundo:
As bolsas asiáticas encerraram em leve alta, apesar de dados de lucros empresariais na China terem despencado em setembro, aumentando o desafio do governo sobre a pressão deflacionária que se observa por lá. Ao mesmo tempo, o governo chinês anunciou novas medidas para auxílio no controle da liquidez dos mercados. No Japão, o partido do primeiro-ministro perdeu as eleições parlamentares e o iene inicia a semana em forte queda. Na Europa, mercados respiram aliviados, com ataque de Israel ao Irã limitando-se a zonas militares e evitando regiões de produção de petróleo. No corporativo, as varejistas de luxo avançam hoje, mas Porsche recua, depois de mais um resultado decepcionante. Empresas de energia também caem, seguindo a queda dos preços do petróleo.
Brasil:
Na sexta, a bolsa brasileira teve leve queda de 0,13%, enquanto o dólar avançou para acima de R$ 5,70. Entre os principais catalisadores, o setor financeiro foi a maior contribuição negativa, em meio aos receios quanto à curva de juros local. Esta semana, Bradesco e Santander divulgam balanços. Na outra ponta, os papéis da Vale avançaram mais de 3% ajudado pelos balanços, mas também pelo tão esperado acordo entre a companhia, sua parceira BHP e as autoridades brasileiras sobre o desastre causado em Mariana, em virtude do rompimento da barragem da Samarco. A Aneel anunciou bandeira amarela para as tarifas de energia, mesmo assim mercado ainda vê inflação acima da meta para este ano. Petrobras fica no radar com petróleo em queda, mas também com divulgação do seu relatório de produção e vendas do 3T24.
Abertura:
Na abertura, o índice dólar (DXY) está estável, enquanto futuros em Wall Street avançam, assim como os juros das Treasuries. Criptoativos estão em leve alta. Já as commodities operam em direção divergente, com o petróleo despencando e o minério de ferro subindo.