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Bom dia, Inter! 28.02.25

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Matheus Amaral

Publicado 28/fev5 min de leitura

Trump intensifica tarifas e Ibovespa resiste à Petrobras

Mercados operam com cautela nesta sexta-feira, após a intensificação das medidas protecionistas do governo Trump, que confirmou tarifas de 25% sobre México e Canadá e dobrou as tarifas sobre produtos chineses para 20%. Mercados asiáticos caíram forte e as bolsas europeias operam em queda nesta manhã. Nos EUA, teremos a divulgação do PCE, medida de inflação favorita do Fed. No Brasil, o Ibovespa se manteve resiliente na véspera, mesmo diante da forte queda da Petrobras após prejuízo inesperado.

*Estados Unidos*

As atenções dos investidores seguem voltadas para os desdobramentos das novas tarifas impostas pelo governo Trump. A medida de dobrar as tarifas para produtos chineses de 10% para 20% e a imposição de tarifas de 25% sobre o Canadá e México elevam temores de retaliações comerciais, especialmente da China e da União Europeia, que também deve ser tarifada em abril. Mercados reagiram mal com índices em Nova York caindo forte no pregão de ontem. Hoje o mercado aguarda a divulgação do índice PCE, que mede a inflação ao consumidor e pode influenciar os próximos passos do Fed. A política monetária segue como um fator chave, já que qualquer sinal de inflação persistente pode seguir adiando mais cortes de juros. No noticiário corporativo, o setor de semicondutores é destaque após a forte queda da Nvidia, que apesar de divulgar resultados acima do esperado, teve sua margem de lucro pressionada. A fabricante de chips foi acompanhada por outras empresas do setor, como Microstrategy e Broadcom, que também sofreram perdas. A Tesla acumulou sua sexta sessão de queda consecutiva, refletindo preocupações com a demanda global da companhia.

*Mundo*

A forte reação dos mercados asiáticos às novas tarifas de Trump deixou um alerta para investidores. As bolsas da China e do Japão caíram de forma acentuada, refletindo preocupações com o impacto das medidas protecionistas. Empresas chinesas voltadas para exportação foram as mais afetadas, ampliando as apostas de que Pequim pode tomar medidas de estímulo econômico para compensar as perdas. Na Europa, as bolsas operam pressionadas pela perspectiva de tarifas recíprocas a serem aplicadas em abril pelos EUA. O setor automotivo, que pode ser um dos mais impactados por uma guerra comercial, puxa as perdas nos mercados europeus.

*Brasil*

O Ibovespa fechou o pregão de ontem resistindo ao mau humor global com as tarifas de Trump e à queda da Petrobras após prejuízo inesperado. A petroleira frustrou expectativas do mercado que esperava lucro de R$ 30 bi e trouxe dúvidas sobre a distribuição de proventos. Apesar disso, o Ibovespa contou com forte alta das ações da Embraer, que impressionou em seus resultados e segue esperando uma forte demanda por seus produtos. Apesar do bom desempenho do índice, o dólar voltou a ganhar força com a intensificação das tarifas do governo norte americano e a agenda de hoje fica mais fraca nas vésperas do feriado de Carnaval por aqui. No cenário corporativo ficam no radar resultados da Localiza e Copel e a Totvs informou a retirada do processo para aquisição da Linx, adquirida pela Stone no passado.

*Abertura*

Na abertura, o índice dólar (DXY) tem leve avanço, assim como futuros em Wall Street com mercado à espera do PCE. Os juros das Treasuries caem. Bitcoin cai,operando abaixo dos US$ 80 mil e o Petróleo recua diante de possível acordo de paz na Ucrânia.

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