Pacote chinês mantém otimismo e PCE no radar
Mercados globais seguem otimistas. Do lado ocidental, dados de emprego abaixo do esperado mantiveram Wall Street em alta e guidance positivo da Micron Technology impulsionaram fabricantes de chips. Do lado oriental, o pacote de estímulos na China segue animando o mercado por lá e também emergentes, o que revigorou o Ibovespa por aqui. Hoje, olhos atentos ao PCE e bateria de dados econômicos norte-americanos.
Estados Unidos
Bolsas em Wall Street encerraram em alta acompanhando dados positivos da economia norte americana. Ontem, a fala de Powell em evento não trouxe maiores novidades e o que aliviou mesmo os mercados foram os dados de pedidos de auxílio-desemprego que vieram abaixo da expectativa e a leitura final do PIB do segundo trimestre, que não trouxe mudanças mantendo-se em 3%. Os dados vão mantendo investidores com a percepção de solidez da economia do país e as expectativas de um pouso suave da atividade vão se acomodando. As ações de tecnologia ganharam destaque com a Micron Technology avançando quase 15% com guidance acima do esperado para as receitas da companhia. Para hoje, investidores ficam de olho numa bateria de dados econômicos além do PCE, o indicador de inflação preferido do Fed.
Mundo
Bolsas na Ásia seguiram com o otimismo com destaque para a bolsa de Xangai que teve a sua melhor semana em uma década e meia diante do pacote de estímulos do governo chinês. O banco central chinês formalizou hoje o corte de juros e compulsório bancário e autoridades prometeram incentivos ao combalido setor imobiliário chinês. Tóquio também acompanhou o otimismo com a escolha de Shigeru Ishiba para primeiro-ministro do Japão, que é favorável à retirada de estímulos econômicos, fato que trouxe força ao iene hoje. Na Europa, bolsas abrem em alta moderada à espera do PCE nos EUA e mantendo ganhos do pregão anterior que se favoreceram de estímulos na China.
Brasil
Por aqui, o Ibovespa continua sua recuperação impulsionada por Vale e siderúrgicas, ainda repercutindo o pacote de estímulos na economia chinesa e também com dados positivos da economia americana. O dólar recuou e fechou o dia a R$ 5,44. Nossa economia também trouxe dados positivos com o índice de preços ao produtor desacelerando ante ao mês passado e o Bacen revisando o PIB de 2024 de 2,3% para 3,2%, o que traz um ponto de atenção para a inflação, que nos dados de quarta trouxe boa notícia ficando abaixo do esperado. No destaque corporativo, a notícia de que a Azul teria alcançado um acordo com 90% dos arrendadores impulsionou as ações da companhia e rumores de que Cogna e Yduqs retomaram negociações sobre uma eventual fusão também movimentaram os papéis. Mercado fica de olho hoje no IGP-M e na taxa de desemprego.
Abertura
Na abertura, o índice dólar (DXY) opera em alta, enquanto futuros em Wall Street recuam levemente e juros das Treasuries operam em baixa com o mercado aguardando dados econômicos nos EUA. Petróleo busca recuperação, mas encaminha para encerrar a semana com perdas diante da maior oferta da commoditu pela Opep+ e Líbia.