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Bom Dia, Inter! 27.02.25

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Gabriela Joubert

Publicado 27/fev2 min de leitura

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Tarifas e incertezas, além de Nvidia e Petrobras

Mercados amanhecem em meio a novas incertezas, agora sobre imposição de tarifas na Europa, conforme falas de Trump. O sentimento de incerteza pesa sobre os índices, especialmente na Ásia e Europa, mas nos Estados Unidos futuros indicam dia de alta, apesar dos papéis da Nvidia estarem de lado no pré-market, após divulgação dos resultados ontem. No Brasil, Petrobras reportou prejuízo e deve pesar no Ibovespa. Também no radar, Lula e Tarcísio, governador de São Paulo, além do IGP-M e dados do governo central.

Estados Unidos

As bolsas encerraram em alta ontem, apesar da cautela diante das incertezas quanto à imposição de tarifas ao México e ao Canadá por Trump, além da expectativa com relação aos resultados da Nvidia. A fabricante de chips superou as expectativas, mas não empolgou. A empresa também trouxe atualização sobre seus chips Blackwell e revisou para cima o guidance de vendas para o próximo trimestre. Apesar disso, os papéis operam praticamente de lado nesta manhã. Na narrativa geral, ainda prevalecem os receios dos impactos das tarifas, se efetivas. Mercado segue no aguardo, enquanto digere as ameaças de Trump. Hoje, teremos o PIB norte-americano e aumenta a perspectiva de desaceleração para a economia. Teremos também falas de dirigentes do Fed, nas quais o mercado tentará capturar sinais mais contundentes sobre o rumo dos juros e possibilidade de um próximo corte ainda este semestre. Isso tudo antes do PCE que sai amanhã.

Mundo

Mais um dia de movimentos díspares na Ásia, com setor de tecnologia corrigindo, após resultados da Nvidia, mas bolsas na China avançando, refletindo afirmação do Trump de que investimentos chineses são bem-vindos nos Estados Unidos. Já na Europa, o dia é de cautela. AS bolsas por lá recuam, após ameaças do governo norte-americano sobre imposição de tarifas de 25% na União Europeia. Na pauta macroeconômica, a inflação na Espanha subiu como esperado e, na França, o PPI ficou acima das projeções. Já o sentimento econômico na zona do euro bateu as expectativas, mas a confiança do consumidor continua fraca. No setor corporativo, os papéis da Rolls-Royce sobem 16% depois que a empresa revisou seu guidance para cima e anunciou programa de recompra de ações.

Brasil

A bolsa brasileira encerrou em campo negativo ontem, enquanto o dólar fechou em R$ 5,80, com investidores digerindo os dados do Caged que mostraram criação de vagas mais forte que o esperado. A força apontada pelo mercado de trabalho poderia seguir trazendo pressão inflacionária, em momento que os juros seguem ainda elevados. A Petrobras reportou prejuízo líquido de R$ 17 bi no 4T24, mas lucro de R$ 36,6 bi no ano. Mesmo assim, a companhia anunciou o pagamento de R$ 9 bi em dividendos. Os números desapontaram e os ADRs em Nova Iorque caíam quase 4% nesta manhã. No radar, temos o IGP-M de fevereiro e a PNAD contínua, além do resultado do Governo Central. Na política, Lula e Tarcísio estarão em evento em São Paulo para inauguração do túnel Santos-Guarujá.

Abertura

Na abertura, o índice dólar (DXY) tem leve avanço, assim como futuros em Wall Street. Os juros das Treasuries voltam a subir, com T-Bond de 10 anos em 4,31%. Bitcoin recupera, após forte recuo na madrugada, e opera em US$ 86 mil. Petróleo avança, junto com demais commodities.

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