Mercados começam o dia em tom de cautela, com futuros da Nasdaq em queda pressionados pela nova IA chinesa, lançada a custos largamente inferiores aos modelos já conhecidos. A semana será marcada pela super quarta, com decisões de juros nos EUA e no Brasil, e em seguida, na quinta-feira será a vez da Europa. Investidores também ficam de olho nos balanços das Big Techs. Por aqui, mercado monitora dados da confiança do consumidor hoje, além de dados do IGP-M e Taxa de desemprego na semana.

Estados Unidos

Bolsas em Wall Street encerraram a última semana em alta, sustentados pelo otimismo em relação ao segundo mandato de Donald Trump e investimentos anunciados em infraestrutura de IA. Mas a semana abre em queda, principalmente com futuros da Nasdaq, pressionados pelo lançamento do DeepSeek, um modelo de IA disruptivo da China, que custou apenas US$ 6 milhões utilizando chips menos avançados. A semana é cheia de eventos, com a reunião do Fomc para decisão dos juros nos EUA na quarta-feira e além disso, o PIB do quarto trimestre também será divulgado na quinta-feira. Investidores monitoram também balanços das Big Techs como a Meta, Apple, Microsoft e Tesla. Na política Trump começou a pressão para que o Fed reduza os juros e além disso, as deportações de imigrantes ilegais tem causado imbróglios com a Colômbia e Brasil, onde já houve acordo com a Colômbia.

Mundo

Mercados asiáticos encerraram em tom misto nesta segunda-feira, antes de começar o feriado do ano novo lunar na China, que começa amanhã e termina no dia 4 de fevereiro. O gigante asiático viu o Xangai composto cair repercutindo dados fracos do PMI industrial chinês, que ficou abaixo dos 50 pontos indicando retração. Em Tóquio, ações também caíram, com pressão aos papéis de tecnologia em meio à notícia do novo e mais barato modelo de IA da startup chinesa DeepSeek, que já superou o número de downloads na Apple Store do ChatGPT nos Estados Unidos. Mercado europeu inicia a semana em baixa, com investidores aguardando a decisão de juros do BCE na semana e balanços corporativos locais, pressionado também por ações de tecnologia reagindo à nova IA chinesa.

Brasil

O Ibovespa encerrou a semana passada praticamente estável, mas segue pressionada por preocupações inflacionárias por aqui, após o IPCA-15 na sexta-feira ter superado as expectativas. O mercado monitora nesta semana a primeira decisão de juros do Copom no ano e a primeira de Gabriel Galípolo como presidente do Banco Central. A expectativa é de uma alta de 100 bps levando a Selic para 13,25%. O governo anunciou que deve cortar impostos de importação principalmente para alimentos que estiverem com preços mais baixos que no Brasil, além disso também deve haver maior regulamentação dos vales refeição e alimentação. No cenário corporativo, destaques para a Azul que encerrou voos em 12 cidades a partir de março e para a Vale que avalia potencial venda de ativos no Canadá.

Abertura

Na abertura, o índice dólar (DXY) opera em leve alta, refletindo a recuperação parcial dos principais pares da moeda norte-americana após a volatilidade da semana passada. Futuros em Nova York operam que forte baixa, principalmente na Nasdaq, diante da pressão sob papéis de tecnologia com a nova IA chinesa. O Petróleo registra leves ganhos, enquanto o minério de ferro em Dalian fechou em alta de 1%. O Bitcoin volta a operar abaixo dos 100 mil dólares.

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