Techs no radar com balanço de Nvidia
Revertendo a queda de ontem, mas ainda sob muita volatilidade, mercados globais sobem nesta manhã, de olho no balanço de Nvidia que deve determinar a direção das bolsas norte-americanas, em especial, Nasdaq. No Brasil, fica no radar Galípolo no G20, MP de Lula e o FGTS, além dos dados do Caged e balanços da Petrobras.
Estados Unidos
Ontem os índices norte-americanos operaram majoritariamente em queda, exceto pelo Dow Jones, que avançou beneficiado pelo call mais positivo para industrials. O cenário ainda incerto de tarifas, com dúvidas quanto ao relacionamento com México e Canadá, ainda pesa nas decisões locais e o índice VIX segue próximo aos 20 pontos. Hoje, no entanto, o foco está pelos resultados da Nvidia e o setor de tecnologia sobe em peso, após as fortes correções dos últimos dias. O mercado de operar dependente dos números da fabricante de chips que tem estado sob escrutínio após a chegada da DeepSeek desafiando a hegemonia das Big Techs norte-americanas. Os papéis da Nvidia já recuam mais de 6% no ano. No calendário, temos agenda carregada no setor imobiliário, com Alvarás, Vendas de Casas e aplicação para hipotecas. Aliás, setor de Real Estate estará no assunto do nosso podcast essa semana. Não percam!
Mundo
As bolsas asiáticas tiveram dia positivo essa madrugada, beneficiadas por um otimismo geral no setor de tecnologia, ainda puxado pelo fator DeepSeek, que reabriu o acesso à sua plataforma de programação, após três semanas suspenso. Mesmo as incertezas com relação à política de Trump II não têm sido suficiente para afetar grandemente a ascensão destes papéis e da melhora de sentimento com relação à China. Na Europa, as bolsas avançam também, beneficiadas por resultados corporativos e devolvendo um pouco das perdas em razão da narrativa de tarifas. O assunto que prevalece localmente ainda trata do pacote de gastos com defesa que deve ser adotado pelas principais economias da região. Nos dados macro, enquanto a confiança na Alemanha veio abaixo do consenso, na França observamos alguma melhora.
Brasil
O Ibovespa encerrou ontem em alta de 0,46%, enquanto o dólar fechou em R$ 5,75, ambos refletindo a leitura do IPCA-15 de janeiro que acelerou, mas menos que o esperado, sugerindo que a piora recente da inflação possa ter vida curta. Os sinais de desaceleração da economia passam a ganhar mais força na narrativa local, com mercado avaliando a possibilidade de um ciclo de alta nos juros encerrando antes do esperado. Hoje, Lula assina a MP que libera o FGTS para trabalhadores que optaram pelo Saque-aniversário. Ainda, teremos participação de Gabriel Galípolo em reunião do G20 na África do Sul. E na agenda econômica, números do Caged são aguardados com expectativas de adição de vagas em janeiro. Teremos também o resultado da Petrobras, Braskem e Marfrig.
Abertura
Na abertura, o índice dólar (DXY) tem leve avanço, enquanto futuros em Nova Iorque sobem e juros das Treasuries avançavam, com o T-Bond de 10 anos em 4,31%. Commodities operavam estáveis, mas minério de ferro subia. Bitcoin avança e opera próximo a US$ 90 mil.