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Bom Dia, Inter! 25.02.25

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Gabriela Joubert

Publicado 25/fev2 min de leitura

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Volatilidade avança, bolsas caem e juros sobem

Futuros cedem esta manhã, devido a preocupações com tarifas de Trump e a guerra tecnológica contra a China, em semana que teremos resultado da Nvidia no centro das atenções. A volatilidade voltou a subir, chegando a seu maior nível no ano. No Brasil, o risco fiscal volta ao radar dos investidores após fala de Haddad e medidas anunciadas por Lula. Bitcoin recua abaixo dos US$ 90 mil, enquanto juros voltam a subir.

Estados Unidos

Futuros hoje amanhecem em queda, refletindo as incertezas dos investidores quanto aos próximos passos de Trump que voltou a afirmar que as tarifas aos parceiros, México e Canadá, devem entrar em vigor no próximo mês. Além disso, mercados passam a acessar os impactos das medidas do novo governo tanto na economia norte-americana quanto na global, e o índice VIX bateu sua máxima do ano, chegando próximo a 20 pontos. As restrições de Trump à transferência de tecnologia à China também tem trazido um quê de incerteza, em especial em semana que Nvidia divulga seus resultados sob pressão do mercado, que segue desde a chegada da DeepSeek. Os juros das Treasuries voltaram a subir, batendo 4,34%. Na agenda, teremos diversos dados do setor imobiliário ao longo da semana.

Mundo

As contínuas conversas e esforços do governo americano para limitar o acesso às novas tecnologias pela China tem pressionado os índices asiáticos nos últimos dias. As ações de tecnologia que vinham em rali desde o fator DeepSeekrecuaram esta madrugada, devolvendo parte dos lucros. A ofensiva contra a China segue forte, apesar de vermos Trump se aproximando mais de lideranças como Xi e Putin. Na Europa, sem grandes mudanças de cenário. A preocupação por lá continua sobre o crescimento econômico da região, a inflação e trajetória dos juros, além da possibilidade de guerra comercial com os Estados Unidos, aliás o encontro de Macron e Trump ontem ficou no radar, no qual o presidente americano reforçou a necessidade da Europa de se unir e avançar com investimentos pró-defesa na região. Investidores atentam também às eleições alemãs, onde a centro-direita aparece como favorita.

Brasil

Na segunda, o Ibovespa encerrou em queda forte de 1,36%, enquanto o dólar voltou a bater R$ 5,75, diante da volta das incertezas quanto ao fiscal, após falas de Haddad dizendo que “não existe ajuste fiscal possível” sem que a economia cresça. O comentário não foi bem recebido pelo mercado, já que nas últimas semanas a narrativa de desaceleração da atividade vem ganhando força em meio aos investidores e economistas. Contribuiu também para o sentimento negativo a possível liberação do FGTS para os trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário. No radar, também temos o IPCA-15 de janeiro que deve mostrar nova aceleração da inflação, o que pode pressionar a curva futura. Na agenda corporativa, temos resultados de Vibra e MRV.

Abertura

Na abertura, o índice dólar (DXY) está de lado, mas futuros recuam em Wall Street enquanto os juros das Treasuries avançam. O Bitcoin cai e opera abaixo dos US$ 90 mil. Ouro sobe, com investidores buscando ativos mais defensivos em momentos de instabilidade.

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