Superpacote na China e Ata do Copom aqui
Mercados amanhecem animados com superpacote de estímulos anunciado pelo governo chinês que engloba desde o setor imobiliário, passando pelos juros e chegando ao mercado acionário. Na China, bolsas chegaram a subir mais de 4% na madrugada e commodities operam em alta.
Estados Unidos:
As bolsas ontem encerraram o dia em campo positivo, diante de dados de PMI que vieram estáveis, apesar de mostrarem alguma pressão nos preços, o que pode se refletir nos dados inflacionários mais à frente. Mesmo assim, as falas dos membros do Fed reforçaram ontem a menor preocupação com inflação e maior preocupação com mercado de trabalho neste momento. Hoje, futuros em Nova Iorque avançam, seguindo os índices globais, com investidores animados em meio às notícias de estímulos à economia chinesa e que podem ajudar a impulsionar a demanda na segunda maior economia do mundo. Investidores também seguem apostando em novos cortes na taxa de juros norte-americana, precificando 75 p.b. até o fim do ano. No radar, dados de consumo e o PCE, medida de inflação favorita do Fed no fim da semana.
Mundo:
As bolsas asiáticas tiveram melhor desempenho desde julho de 2020, com altas de mais de 4%. O governo chinês apresentou um superpacote de estímulos abrangendo, dentre outros, redução do compulsório ao menor nível desde 2018, redução dos juros de curto prazo, estímulos ao setor imobiliário com redução de taxas de hipotecas e menores restrições para a compra do segundo imóvel, além de ao menos US$ 113 bi em recursos para apoiar a liquidez no mercado acionário. As medidas mostram a preocupação do governo com a meta de crescimento de 5% almejada para este ano. Na Europa, bolsas avançam, impulsionadas pela China, com atenção especial às mineradoras, varejo de luxo e setor automotivo, todos altamente dependentes da economia chinesa.
Brasil:
Na contramão dos pares internacionais, a bolsa brasileira encerrou em queda de 0,38% ontem, influenciado pelo recuo dos papeis do setor financeiro. As ações da B3 recuaram quase 4%, assim como Bradesco que caiu cerca de 3%. Tivemos ontem o relatório Focus mostrando novo aumento das projeções de inflação e Selic. O dólar encerrou em R$ 5,54. No foco hoje, a Ata do Copom e investidores buscarão sinais mais claros sobre o rumo da política monetária local e o balanço de riscos discutido pelo Banco Central. No radar também, palestra de Campos Neto e discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU.
Abertura:
Na abertura, o índice dólar (DXY) opera próximo à estabilidade, enquanto futuros em Wall Street sobem com China, assim como juros das Treasuries. Commodities têm forte avanço, em especial minério de ferro e petróleo com expectativas de maior demanda chinesa. Bitcoin também avança nesta manhã.