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Bom dia, Inter! 24.01.25

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Matheus Amaral

Publicado 24/jan5 min de leitura

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Trump tranquilo, Japão aumenta juros e IPCA-15 no radar

Mercados globais seguem monitorando as falas de Trump, que ontem em teleconferência em Davos se mostrou moderado em relação à China. Na Ásia, o destaque foi o Banco do Japão, que aumentou os juros e trouxe força ao iene, mas com ativos de risco locais em queda. E na agenda de hoje, investidores monitoram PMIs na zona do euro, nos EUA e falas de Christine Lagarde em Davos. Por aqui, as atenções se voltam para o IPCA-15 e para a reunião de Lula com ministros que pode trazer intenções de controle de preços nos alimentos.

Estados Unidos

Bolsas em Wall Street encerraram em alta ontem, com o S&P 500 renovando recordes, impulsionado por ganhos nos setores financeiro e de saúde, enquanto as empresas de tecnologia enfrentaram correção. Os dados dos pedidos de auxílio-desemprego vieram acima do esperado, o que para as perspectivas de controle inflacionário pode ser positivo. Na política, o presidente Donald Trump, em discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, reiterou que prefere não aumentar tarifas sobre a China, mas manteve as ameaças de mais tarifas por lá. Hoje, as atenções se voltam para os PMIs preliminares de janeiro, que trarão um termômetro da atividade industrial e de serviços nos EUA, e o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan. No cenário corporativo, o balanço da American Express, divulgado antes da abertura, será acompanhado de perto, assim como movimentos no setor bancário, que continua a liderar os ganhos em Wall Street.

Mundo

Na Ásia, mercados encerraram em alta, exceto pela bolsa japonesa, que viu o Banco do Japão elevar os juros de 0,25% para 0,50%, a primeira alta após três reuniões consecutivas de manutenção. A medida visa conter pressões inflacionárias e fortalecer o iene, que recuperou parte de suas perdas frente ao dólar nesta manhã. Os rendimentos dos títulos japoneses subiram para os maiores níveis desde 2008. Na Europa, mercados operam sem direção definida, os PMIs da zona do euro trouxeram sinais mistos, com o PMI composto avançando em janeiro e sinalizando leve expansão econômica, mas com o PMI de serviços mostrando desaceleração.

Brasil

O Ibovespa encerrou em baixa ontem, acompanhando a queda nos preços das commodities. A curva de juros doméstica seguiu pressionada, refletindo as incertezas sobre o equilíbrio fiscal. Entre as empresas, destaque para ações do setor de proteínas, que foram penalizadas pela preocupação com uma possível intervenção de preços. O mercado monitora hoje a divulgação do IPCA-15 de janeiro, esperando uma leve deflação de -0,03% no mês. A inflação de alimentos ganhou destaque nas discussões do governo e será central na reunião entre o presidente Lula e ministros nesta manhã, que pode trazer medidas de controle de preços, o que preocupa o mercado em relação ao cenário fiscal.

Abertura

Na abertura, o índice dólar (DXY) opera em queda, refletindo tom mais moderado de Donald Trump sobre tarifas comerciais e a decisão do Banco do Japão. Os futuros em Nova York mostram movimentos mistos, com o S&P 500 e Nasdaq levemente pressionados. Os rendimentos dos Treasuries recuam, enquanto o petróleo continua acumulando perdas, registrando sua sétima sessão consecutiva de baixa.

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