Semana cheia de indicadores
Mercados se preparam para semana repleta de dados importantes, tanto no exterior quanto na agenda local, com dados de inflação, PMIs e leitura do PIB norte-americano. No Brasil, teremos Ata do Copom, inflação e dados de mercado de trabalho, além do fiscal que segue pesando negativamente no humor local.
*Estados Unidos:*
Com mercados ainda processando o super corte do Fed na semana passada, os índices norte-americanos amanhecem de lado hoje, seguindo o fechamento estável na sexta, conforme investidores monitoram agora a evolução dos dados macroeconômicos, em especial mercado de trabalho. Hoje, temos discurso de dirigentes do Fed e mercado acompanha atento as falas que podem trazer clareza no direcionamento da política monetária local. Na agenda, temos também dados de PMI, tanto de Serviços quanto Manufatura, que darão uma ideia do ritmo da atividade no país. Na semana, também teremos dados de consumo e a medida de inflação preferida pelo Fed na sexta, o PCE.
*Mundo:*
Na Ásia, tivemos uma madrugada positiva para os índices locais, influenciados pelas apostas de novos estímulos na economia chinesa, depois que o governo anunciou corte nos juros de curto prazo, além de uma reunião econômica extraordinária na terça-feira, o que fez aumentar as especulações de que o governo está preparando um plano de ação para reavivar a economia local. Enquanto isso, na Europa, as bolsas operam também em leve alta, mas o mercado de bonds está afetado por incertezas políticas na França, após nomeação do novo gabinete no fim de semana. Pesou também a leitura dos PMIs na região que mostram novamente uma economia pressionada pelo alto nível dos juros, aumentando a pressão sobre mais cortes pelo BCE, especialmente após o corte entregue pelo Fed na semana passada.
*Brasil:*
Na sexta, o Ibovespa teve o maior recuo desde junho, caindo 1,55%, pressionado por receios quanto ao fiscal, além do tom mais duro adotado pelo Copom na última reunião que trouxe de volta aumento na taxa básica de juros. O real depreciou e o dólar fechou em R$ 5,51. Na semana, o Ibovespa acumulou queda de quase 3%. Pesou o desempenho da Vale, que recuou 1,5%, seguindo a queda do minério de ferro. Setor financeiro também recuou em peso, com destaque para o Itau. Minério de ferro cai 3% em Dalian e deve pressionar o setor de mineração hoje. Teremos na semana a Ata do Copom e dados de emprego e inflação, além da coletiva de imprensa hoje do Ministério do Planejamento sobre o relatório bimestral de receitas e despesas, recebido com bastante críticas pelos economistas.
*Abertura:*
Na abertura, o índice dólar (DXY) sobe, enquanto futuros em Wall Street operam estáveis, mas próximos das máximas, e juros das Treasuries estão mistos, próximos também à estabilidade. Commodities metálicas recuam, mas energéticas avançam, com destaque ao petróleo. Bitcoin avança nesta manhã.