PMIs no radar e balanços seguem movimentando mercado
Os mercados operam com tom cauteloso nesta sexta-feira, à espera de dados econômicos importantes nos Estados Unidos, como os PMIs e a confiança do consumidor da Universidade de Michigan. Em Wall Street, as bolsas recuaram ontem após o S&P 500 bater novo recorde, refletindo um movimento de realização de lucros e maior cautela com incertezas geopolíticas. No Brasil, o foco está na entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que retorna de viagem e deve falar sobre os desafios fiscais do governo.
*Estados Unidos*
Bolsas em Nova York fecharam em queda ontem, pressionadas por um movimento de realização de lucros e forte baixa das ações do Walmart, após a varejista divulgar projeções desanimadoras para o trimestre. O mercado segue atento às negociações diplomáticas envolvendo Rússia e Ucrânia e à divulgação de novos indicadores econômicos que podem influenciar os próximos passos do Federal Reserve. Na abertura desta sexta-feira, os futuros de Nova York operam próximos da estabilidade, refletindo a espera pelos PMIs e pela pesquisa de confiança do consumidor, que podem indicar o ritmo da economia americana. No cenário corporativo, ações da Carvana caíram 12,13% após um resultado abaixo das expectativas e a Microsoft avançou levemente após anunciar seu novo chip de processamento quântico, o Majorana 1.
*Mundo*
Mercados asiáticos fecharam em alta, impulsionados pelo setor de tecnologia, especialmente na China e em Hong Kong, com o Alibaba e a Lenovo disparando após apresentarem resultados sólidos, reforçando o otimismo com o setor. O Hang Seng registrou seu maior patamar em três anos com o entusiasmo do mercado com o setor de tecnologia chinês, ainda catalisado pelo efeito DeepSeek. No Japão, a Nissan foi destaque de ganhos após relatos de que um grupo japonês de alto escalão tenta persuadir a Tesla a investir na Montadora, após fracasso nas negociações com a Honda. Na Europa, mercados operam sem direção única com investidores de olho nos desdobramentos das negociações de Paz para a guerra da Ucrânia com os EUA e Rússia. O PMI da Alemanha surpreendeu ao apontar crescimento econômico, impulsionado pelo setor industrial, que vem mostrando recuperação após longo período de contração.
*Brasil*
O Ibovespa fechou em alta, impulsionado pela Vale, que apesar do prejuízo contábil, apresentou um resultado bem recebido pelo mercado com avanços na gestão de custos, além disso a companhia anunciou um programa de recompra de ações. Também na temporada de balanços vimos o Banco do Brasil cair em movimento de realização de lucros, mesmo com o banco divulgando lucro recorde. O mercado segue avaliando o cenário para o crédito agro no banco, que enfrenta desafios com maior inadimplência e renegociações. O Real seguiu em movimento de valorização contra o dólar e com agenda esvaziada por aqui, as atenções se voltam para a entrevista de Fernando Haddad para o Portal ICL. Mercado também repercute o resultado do Nubank, que apesar do lucro acima do esperado, despencou cerca de 7% no pós-mercado.
*Abertura*
Na abertura, o índice dólar (DXY) avança, enquanto futuros em Wall Street se mantêm próximos da estabilidade. Juros das Treasuries abrem em queda pelo terceiro dia consecutivo. O Petróleo recua após uma sequência de altas.