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Bom Dia, Inter! 20.02.25

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Gabriela Joubert

Publicado 20/fev2 min de leitura

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Falas de membros do Fed e balanços no radar

Sem grandes mudanças de narrativas, mercados hoje operam em queda, com investidores lá fora monitorando discursos de diversos dirigentes do Fed e balanço do Walmart, importante termômetro do consumo no país. Relações sino-americanas ainda sob pressão, mas conversas avançam para um acordo. No Brasil, foco fica por conta dos resultados de grandes empresas como Banco do Brasil, Vale e Gerdau.

Estados Unidos

Após encerrarem em alta ontem, hoje mercados operam voláteis, pendendo para o negativo, com investidores aguardando agenda cheia em termos de pronunciamentos de membros do Fed, em busca de confirmações sobre as expectativas de juros para o restante do ano. Os Minutos do Fed de janeiro mostraram preocupação com as pressões inflacionárias e reforçaram que a instituição deve manter os juros no atual patamar até que tenham mais clareza sobre os indicadores macroeconômicos. Mercado passa a precificar menos de dois cortes para 2025. No corporativo, temos balanço do Walmart no radar, importante termômetro do consumo, que deve trazer bons números, mas ajustar as perspectivas com um guidance mais neutro para o ano. No político, Trump sinaliza estar próximo de acordo com a China, mas sem grandes detalhes, enquanto a relação com Zelensky, presidente da Ucrânia, piora.

Mundo

Na Ásia, as bolsas tiveram dia de correção, puxadas pelo setor de tecnologia, com investidores aproveitando para realizar parte dos lucros das últimas semanas. Preocupações com desdobramentos do acordo entre Estados Unidos e China prevalecem, assim como as tensões geopolíticas na Ucrânia. No Japão, o Nikkei caiu, assim como o iene, com especulação de que o BoJ deverá aumentar os juros antes do esperado. Na Europa, líderes se unem em apoio a Zelensky e as tensões geopolíticas por lá continuam no foco dos mercados. Além disso, investidores se posicionam nos bonds governamentais, antecipando pacote de gastos para defesa na região. No corporativo, Rio Tinto apresentou resultados abaixo do esperado, enquanto Air France revisou seu guidance para cima.

Brasil

O Ibovespa encerrou na contramão dos pares ontem, com queda de 0,95%, enquanto o dólar fechou em R$ 5,70, pressionados pela leitura da Ata do Fed, que mostrou maior preocupação com inflação, o que poderia implicar em menos cortes de juros por lá. Hoje, o foco doméstico fica na temporada de balanços, com números da Vale que reportou ontem à noite e fará teleconferência com investidores hoje. A companhia enfrenta alguns desafios com incertezas na China, mas alta do minério de ferro pode ajudar no movimento dos papéis hoje. Temos também balanço do Banco do Brasil, que mostrou mais um resultado recorde, apesar da cautela com a evolução da carteira de crédito.

Abertura

Na abertura, o índice dólar (DXY) recua, assim como futuros em Wall Street. Juros das Treasuries estavam em leve queda, revertendo movimento do dia anterior. Bitcoin avança e opera próximo a US$ 97 mil. Commodities estão em alta, com destaque para o minério de ferro.

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