A sexta-feira vai encerrando uma semana ditada por resultados corporativos e atenções aos estímulos na China. Nos resultados, a Netflix trouxe lucro e assinaturas maiores que o esperado e na China dados do PIB, produção industrial e varejo surpreenderam. Por aqui, interrompemos uma sequência de alta com commodities pressionando ontem.

Estados Unidos

As bolsas em Nova York fecharam sem direção única ontem, com investidores focados na temporada de resultados. O índice Dow Jones registrou mais uma alta e renovou sua máxima histórica, apoiado principalmente pelo forte desempenho da Travelers Companies, que reportou um crescimento robusto em seu segmento de seguros. Já o S&P 500 perdeu fôlego no final do dia, apesar de ter atingido uma nova máxima intradiária, impulsionado pela queda de empresas de tecnologia como a Netflix, que recuou antes da divulgação de seu balanço, e a Uber, que teve um dia negativo após notícias sobre negociações para aquisição do Expedia Group. Por outro lado, a Nvidia continuou em alta, beneficiada pelos bons resultados da TSMC. Na abertura ações da Netflix disparam quase 6% com lucro maior que o esperado. Com a agenda econômica mais fraca, as atenções se voltam para as falas de dirigentes do Fed, que poderão trazer novos sinais sobre a trajetória dos juros nos EUA.

Mundo

As bolsas asiáticas fecharam em alta, lideradas pelo mercado chinês, que reagiu positivamente aos dados do PIB, que expandiu para 4,6% acima da expectativa do mercado. Além disso, dados da produção industrial e do varejo surpreenderam positivamente e novas diretrizes para que bancos estatais concedam crédito para empresas e acionistas recomprarem ações foram divulgadas. Na Europa, os mercados operam em direção mista, ainda absorvendo o recente corte de juros pelo BCE e acompanhando de perto os dados econômicos da China. O Reino Unido surpreendeu com as vendas no varejo acima das expectativas.

Brasil

O Ibovespa interrompeu uma sequência de três altas, e encerrou em queda no pregão de ontem. Ações da Vale recuaram diante da queda acentuada nos preços do minério de ferro, afetado pelas frustrações com o pacote de estímulos na China ontem. A Petrobras também contribuiu negativamente, mesmo com o leve movimento de recuperação do petróleo. Entre os poucos destaques positivos, a BRF e Marfrig, avançaram beneficiadas pelo desempenho do setor de alimentos. Mas o cenário geral foi de cautela, com o mercado reagindo também à alta dos juros de longo prazo no Brasil, pressionando setores mais expostas à economia doméstica.

Abertura

Na abertura, o índice dólar (DXY) recua, enquanto os futuros em Nova York operam sem direção definida e os juros das Treasuries avançam com investidores de olho em falas de dirigentes do Fed. O petróleo se estabiliza após uma semana de perdas acentuadas, pressionado por incertezas quanto à demanda global. O minério de ferro em Dalian encerrou o dia com queda de 1,55%. O Bitcoin retoma alta e segue a trajetória de alta da semana.