Investidores todos no aguardo das decisões do Fed e do Copom que acontecem hoje, com expectativas divergentes de corte na primeira e aumento na segunda. China preocupa, inflação no Reino Unido também, e no Brasil, governo avança com a regulação das bets.

Estados Unidos

Mercados estão de lado nesta manhã, após fecharem também estáveis ontem, com investidores aguardando a decisão do FOMC hoje, antes de tomarem grandes decisões. Na reunião que trará o primeiro corte em quatro anos, o mercado ainda segue dividido entre 25 e 50 p.b., mas qualquer uma das escolhas trará volatilidade aos índices, levando a movimentações nos setores mais sensíveis às discussões de juros, como tecnologia, real estate e consumo. Investidores também acompanharão com atenção o discurso de Powell após a reunião, principalmente por conta da divulgação das projeções atualizadas do Fed, o famoso “dot plot”. Além da decisão de juros, teremos diversos dados do setor imobiliário, como aplicação para hipotecas, permissões de alvarás e outros.

Mundo

Na Ásia, bolsas fecharam em leve alta, com as bolsas chinesas avançando na volta do feriado. Por lá, comparações entre China e Japão na década de 90 começam a aparecer, com os sintomas de uma recessão de balanço, lidando com deflação, alto endividamento e fatores como redução populacional e crise imobiliária tornando a situação ainda mais complexa. Iene subiu, refletindo as divergências de expectativas entre as decisões do Fed e do BoJ. Na Europa, as bolsas caem moderadamente nesta manhã, puxadas pelo setor de saúde, majoritariamente, de olho também na decisão do BoE. A inflação no Reino Unido surpreendeu ao vir acima do esperado, colocando pressão e dúvidas sobre o ritmo da política monetária por lá.

Brasil

A bolsa brasileira fechou em leve queda ontem, de 0,12%, em linha com seus pares internacionais, enquanto mercado local aguarda a decisão do Fed mas também a decisão do Copom aqui que, em movimento inverso ao FOMC, deve anunciar um aumento na Selic de 0,25 p.p. Além da decisão, investidores vão monitora o placar do Copom, buscando se há divergências entre os membros. Enquanto isso, governo fecha o cerco às apostas online, as famosas bets, e sites irregulares sairão do ar em outubro. Governo também demonstrou preocupação com os avanços das apostas online no país e a crise social que elas podem gerar. Com a regulação, governo estima arrecadações de cerca de R$ 728 milhões de acordo com o Orçamento 2024.

Abertura

Na abertura, o índice dólar (DXY) opera em leve queda, enquanto futuros em Wall Street ficam de lado e juros das Treasuries recuam levemente. O índice VIX, conhecido com índice do medo, opera aos 17 pontos, ainda acima da média dos últimos anos. Nas commodities, petróleo recua com aumento dos estoques nos EUA e tensões no Oriente Médio, também com ataques no Líbano, e minério de ferro despenca, com China.