Ata do Copom e decisão do Fed
Investidores se preparam para a decisão do Fed amanhã e dos bancos centrais do Japão e da Inglaterra na quinta. Mercados amanhecem mais calmos, após a forte alta do Nasdaq ontem, puxado por um repique das ações de tecnologia. No Brasil, dólar bateu novo recorde e bolsa recuou novamente, com piora no humor local quanto ao fiscal.
Estados Unidos:
Em Wall Street, investidores aguardam atentos a decisão do Fed amanhã com expectativas de um corte de 25 p.b. que poderá ser seguido por um discurso um pouco mais hawkish e uma narrativa mais cautelosa quanto ao ritmo dos próximos cortes. Nas apostas, vemos agora que o mercado acredita em mais três cortes de 25 p.b ao longo de 2025, considerando a situação econômica atual, especialmente quanto à inflação e ao mercado de trabalho. No entanto, estes cortes poderiam ser intercalados com pausas, conforme o Fed acompanha a evolução dos dados. Hoje na agenda temos dados de Vendas ao Varejo e números da indústria, além de indicadores do mercado residencial.
Mundo:
Na Ásia, as bolsas recuaram com mercados ainda processando as recentes notícias de que o governo chinês deve divulgar meta de crescimento do PIB em 5% para 2025 e para tal deverá aumentar o déficit orçamentário. No Japão, a recente desvalorização do iene pode fazer com que haja intervenção no mercado de câmbio e mercado aumenta apostas de que o BoJ possa anunciar uma alta nos juros em breve. Na Europa, após a decisão do BCE na semana passada, desta vez teremos a decisão do BoE que deve cortar outros 25 p.b. nesta quinta. No entanto, dados mais fortes de salários fizeram com que os agentes revisassem as expectativas de cortes para o ano que vem, reduzindo de 90% para 55% as apostas de três cortes adicionais. As bolsas operam mistas por lá nesta manhã.
Brasil:
O Brasil começou a semana com o pé esquerdo e, enquanto os pares americanos subiam novamente, o Ibovespa recuou 0,84%, enquanto o dólar bateu nova máxima, a R$ 6,13. A votação do pacote fiscal no Congresso tem sido acompanhada de perto e com receios de possível desidratação, o que poderia impactar ainda mais as contas públicas e o cumprimento do orçamento. Com isso, os prêmios voltaram a subir e vimos no relatório Focus as expectativas de Selic avançando a 14% para o ano que vem, após a decisão do Copom da semana passada. Hoje mercado digere a Ata do Copom que decidiu sobre o aumento de 1.p. na Selic e deixou contratada mais duas altas para o ano que vem.
Abertura:
Na abertura, o índice dólar (DXY) avança, enquanto juros das Treasuries têm leve alta e as bolsas em Nova Iorque recuam levemente. O Bitcoin sobe para US$ 107 mil e as commodities recuam em peso.