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Bom Dia, Inter! 17.03.25

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Gabriela Joubert

Publicado 17/mar2 min de leitura

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Bancos Centrais são os destaques da semana

Semana de decisões de bancos centrais, com Copom, Fed, BoJ, BoE no radar. Nesta segunda, mercados internacionais operam mistos, com bolsas asiáticas e europeias em alta, enquanto futuros em Wall Street cedem, com banho de água fria do Secretário do Tesouro. No Brasil, a decisão do Copom é destaque, juntamente com a aprovação da Lei Orçamentária (LOA) para 2025.

Estados Unidos

Futuros em Nova Iorque recuam nesta manhã de segunda-feira, com investidores receosos após fala do Secretário do Tesouro, Scott Bessent, sugerindo que as correções observadas no mercado são saudáveis, reforçando a visão de que o governo não deve interferir. No mês, o S&P 500 já recua mais de 5%, apagando quase US$ 5 trilhões em valor de mercado. Esta semana, teremos o FOMC decidindo sobre a taxa de juros e espera-se que o Fed mantenha a taxa no atual nível, enquanto acompanha a evolução dos dados macroeconômicos. A leitura mais recente de inflação abaixo do esperado sugere alguns sinais de desaceleração, mas talvez ainda seja cedo para falar. Na sexta, teremos dados do varejo, que podem reforçar esta visão de enfraquecimento da economia. De acordo com o mercado, o Fed deve cortar mais três vezes este ano, mas o próprio Fed ainda reforça que os números recentes não demanda cortes agressivos já que mercado de trabalho continua saudável e inflação, apesar de desacelerar, ainda segue como ponto de atenção.

Mundo

Na Ásia, as bolsas tiveram um dia de alta nesta madrugada, em semana que teremos decisão de juros tanto no Japão quanto na China. Falando em China, os dados de atividade vieram melhores que o esperado na leitura de janeiro e fevereiro. Produção industrial avançou quase 6% a/a, acima do consenso. As vendas ao varejo também foram uma surpresa, ao crescerem 4% ante o mesmo período de 2024. No entanto, o mercado residencial por lá segue em declínio. Mesmo assim, os dados mostram que a economia chinesa se recupera do estresse dos últimos anos e o otimismo com a região vai ganhando força. Na Europa, mercados mantém o tom positivo, influenciados por dados chineses e pela posição do governo alemão sobre pacote de gastos com defesa. Esta semana, o BCE e o BoE decidem sobre os juros, que devem ser mantidos, com ambas as instituições pausando o ciclo de cortes e esperando evolução dos dados macroeconômicos, em especial inflação e PIB.

Brasil

Na sexta, o Ibovespa encerrou em forte alta, assim como os pares internacionais, avançando 2,64%, enquanto o dólar fechou em R$ 5,74. Esta semana, o foco local fica por conta da decisão do Copom que deve entregar mais um aumento de 100 p.b. na Selic, levando a taxa básica de juros para 14,25%. Mercado ficará atento ao comunicado em busca de alguma sinalização de que o ciclo de alta possa ser encerrado em breve, tendo em vista os sinais de desaceleração da economia, refletidos nas últimas leituras. Teremos os dados do IBC-Br de janeiro e relatório de avaliação de Receitas e Despesas Primárias do governo. No campo político, o Congresso deve votar o projeto da Lei Orçamentária (LOA). Temos também balanços corporativos.

Abertura

Na abertura, o índice dólar (DXY) recua levemente. Futuros em Wall Street também caem, enquanto os juros das Treasuries de 10 anos cedem para 4,28%. Ouro avança, petróleo também. Bitcoin está cotado em US$ 83 mil.

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