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Bom Dia, Inter! 16.12.24

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Gabriela Joubert

Publicado 16/dez2 min de leitura

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Mercados aguardam BCs no mundo e fiscal no Brasil

Última semana cheia do ano começa em compasso de espera, com investidores monitorando bateria de dados que saem nos próximos dias, além de diversas decisões de bancos centrais, incluindo o Fed, ao mesmo tempo em que dados mais fracos de China pesam nos índices. Na última semana, fiscal ficou no radar dos investidores locais e Ibovespa recuou, enquanto o dólar se manteve acima dos R$ 6. A narrativa se mantém para esta semana.

Estados Unidos:

As bolsas norte-americanas iniciam a semana de lado, com investidores atentos aos dados macros que serão divulgados nos próximos dias, mas principalmente à espera da decisão do Fed, que deve trazer mais um corte de 25 p.b. nos juros. A evolução dos dados recentes, em especial do mercado de trabalho e inflação levaram Wall Street a reduzir suas expectativas de cortes adicionais para este ciclo de 1 para 0,75 p.p. Com a redução dos juros, mercado pode aproveitar para colocar no bolso os ganhos de mais de 20% com as bolsas este ano, enquanto se prepara para 2025 e como será a evolução dos resultados das empresas nos próximos trimestres. O presidente Donald Trump reforçou apoio aos ativos digitais, impulsionando os preços das criptomoedas e de todo o setor cripto.

Mundo:

Na Ásia, tivemos um dia majoritariamente negativo, com dados de varejo mais fracos que o esperado na China pesando no humor dos investidores globais. Os dados mostram a dificuldade da segunda maior economia do mundo em ganhar tração, mesmo com os estímulos colocados pelo governo até o momento. A falta de detalhes nos recentes anúncios sobre estímulos fiscais também inibiu uma maior recuperação dos ativos por lá. Na Europa, além das incertezas políticas na França, agora Alemanha também entra no radar dos investidores com possível antecipação de eleições por lá também. Mercado coloca mais pressão no BCE para acelerar corte de juros e estimular a economia na região.

Brasil:

A semana foi negativa para o Ibovespa que encerrou com queda acumulada de 1,1%, enquanto o dólar fechou em R$ 6,06, mesmo com intervenção do Bacen. A decisão do Copom em aumentar os juros em 1 p.p. e deixar contratadas mais duas altas para a Selic de 1 p.p. cada trouxe algum alívio ao mercado, mas a situação ainda segue complexa, com dúvidas quanto à equalização das contas públicas e cumprimento do orçamento. Esta semana, teremos agenda cheia no congresso que vota reforma tributária e pacote fiscal, além de diversas outras medidas que podem mexer no bolso da população, portanto fiquem atentos. Lula teve alta no fim de semana e mercado deve digerir suas falas sobre o atual patamar da Selic. Na agenda, temos o relatório Focus hoje e o relatório trimestral de inflação.

Abertura:

Na abertura, o índice dólar (DXY) está de lado, enquanto futuros em Wall Street operam tímidos. Os juros das Treasuries recuam levemente e o Bitcoin bate novo recorde, ficando acima de US$ 104 mil. As commodities estão em queda, com China pesando nos preços.

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