Super quarta e mais muitas outras decisões de juros
Semana de decisão de juros pelo globo, com mercado atento especialmente ao FED, que porá fim aos impasses sobre cortes de 25 ou 50 p.b. e que vem trazendo alta volatilidade. No Brasil, teremos Copom e a possibilidade de alta nos juros, com o fiscal ainda pesando nos prêmios locais. Eleições ficam no radar com atentado à Trump.
Estados Unidos
Bolsas sinalizam um dia estável hoje, com investidores no aguardo da decisão do FED nesta quarta-feira, ansiosos pela expectativa de corte pela instituição, com apostas entre 0,25 e 0,50 p.p. as quais vêm trazendo forte volatilidade aos mercados recentemente. Mercado segue bastante dividido e atento à mensagem de Powell, tentando capturar a visão do FED com relação às expectativas quanto ao crescimento econômico, mercado de trabalho e inflação. Adicionando ainda mais incertezas ao cenário, tivemos neste fim de semana novo atentado ao candidato Donald Trump. No corporativo, os setores sensíveis a juros seguem com melhor desempenho relativo, enquanto no mês energia recua mais de 6%.
Mundo
Na Ásia, as bolsas fecharam mistas, mas com tendência negativa. Por lá teremos decisão do BoJ (BC japonês) e mercado teme nova alta de juros, após o efeito que vimos no início de agosto. Iene volta a subir, baseado no diferencial de juros vis-a-vis os Estados Unidos. Teremos também decisão de juros na China e mundo observa atento os próximos passos do governo, uma vez que os recentes estímulos têm falhado em colocar a economia em rota de crescimento. Na Europa, teremos decisão do BoE (BC da Inglaterra) e as expectativas são de manutenção. No macro, sem grandes eventos, mas teremos custos trabalhistas mostram redução no 2T24.
Brasil
Por aqui, o foco vai para a decisão de juros pelo Copom, na qual alguns agentes esperam um mini ciclo de alta na Selic, após a pressão do mercado diante da piora no cenário fiscal. Mercado olha também Focus e projeções de juros e inflação. No cenário político, seguem as discussões sobre reoneração da folha de pagamento, ao mesmo tempo que as eleições em São Paulo dominam os meios de notícias após candidato Datena agredir candidato Marçal em debate. Crise climática também pressiona governo e empresas.
Abertura
Na abertura, o índice dólar (DXY) recua, seguindo as expectativas de aumento nos juros. Futuros em Wall Street estão de lado, de mesmo modo que os juros das Treasuries. Commodities têm leve alta, com petróleo refletindo menor oferta no Oriente Médio e possível maior demanda na China. Minério de ferro sobe. Bitcoin recua.