Ânimos com a temporada nos EUA e corte de gastos aqui
Mercados se animam com balanços nos Estados Unidos e bolsas por lá seguem batendo máximas históricas. Na China, dados fracos da balança comercial devolveram ganhos recentes com estímulos. Por aqui, a notícia de que o governo se prepara para lançar medidas de contenção de gastos anima o mercado. Na agenda, falas de dirigentes do Fed e Roberto Campos neto ficam no radar.
Estados Unidos
Mercado norte-americanoseguiu renovando máximas históricas com investidores animados com o início da temporada de resultados, iniciada na sexta-feira passada com bons resultados de grandes bancos. Hoje são esperados nomes como Bank of America, Citigroup e Goldman Sachs. No cenário corporativo, investidores foram às compras no setor de semicondutores, impulsionado pelo otimismo com a Nvidia, após o CEO afirmar que o chip Blackwell está em plena produção e com demanda “insana”. Os chips Blackwell tinham sido adiados devido a problemas de engenharia, que agora foram extintos. Além dos resultados, o mercado aguarda falas de diversos dirigentes do Fed e observa o Empire StateIndex, que mede a atividade industrial em Nova York.
Mundo
Mercados asiáticos encerraram em tom misto. No Japão, a volta do feriado foi boa e o índice Nikkei acompanhou o otimismo em Wall Street. Por outro lado, as bolsas na China devolveram ganhos da segunda-feira, com o mercado digerindo o desempenho abaixo das expectativas da balança comercial divulgada ontem e com dúvidas sobre os estímulos recém anunciados. Na Europa, mercados abrem em sua maioria em queda, com investidores de olho em dados da produção industrial na zona do euro. No Reino Unido, a taxa de desemprego caiu para 4% em agosto e o salário semanal médio mostrou desaceleração.
Brasil
A bolsa brasileira abriu a semana animada e ganhando 1.000 pontos nesta segunda-feira, enquanto os juros e o dólar cederam, com investidores esperançosos após a notícia de que o governo se prepara para lançar medidas de contenção de gastos após as eleições municipais. Grandes bancos e varejistas acabaram puxando a sessão. Destaque para o Assaí que avançou 6%, após informar que a Receita Federal cancelou o arrolamento bilionário em função de contingências tributárias. Mercado hoje acompanha falas de Roberto Campos Neto em evento e espera o monitor do PIB da FGV.
Abertura
Na abertura, o índice dólar (DXY) opera em baixa e os futuros em Wall Street ficam sem direção definida, enquanto os juros das Treasuries operam em baixa com investidores aguardando comentários dos dirigentes do Fed. O petróleo recua mais de 4% em meio a corte de projeções para a demanda da Agência Internacional de Energia, seguida pelo corte de ontem da Opep+. O Bitcoin cai nesta manhã.