Renda Variável


Bom Dia, Inter! 14.03.25

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Gabriela Joubert

Publicado 14/mar2 min de leitura

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Sextou!

A sexta é de alívio nos mercados internacionais, com notícias positivas na China sobre novos estímulos do governo ao consumo, bem como conforto nos Estados Unidos com retrocesso nas ameaças de interrupção do funcionamento do governo, após aprovação do orçamento por lá. Bolsas ensaiam alta, tentando reverter parte das perdas das últimas semanas. No Brasil, dados de atividade reforçam o cenário de desaceleração e começamos a ver alguns ajustes nos prêmios locais.

Estados Unidos

Em Wall Street, a sexta é de alívio, com bolsas apontando para um dia positivo, conforme as ameaças de trava no governo são dissipadas, já que o orçamento deve ser aprovado no Congresso. A notícia ajudou a reduzir a pressão negativa nos índices, presente há algumas semanas e que já fez o S&P500 cair cerca de 10% desde o pico em fevereiro, perdendo US$ 5 trilhões em valor de mercado. Apesar do alívio por ora, os receios quanto aos efeitos das tarifas na economia local perduram e o sentimento no mercado ainda é de cautela. O índice VIX, que mede a volatilidade, segue firme beirando os 25 pontos. Essa cautela é percebida também nos subíndices do S&P500, onde vemos o setor de tecnologia recuando mais de 12% no ano, assim como setores mais sensíveis, como Varejo, também em queda de mais de 15%. Por outro lado, as ações de empresas de saúde, utilities e consumo não-discricionário, seguem em patamar positivo. Temos visto também um certo otimismo com as Treasuries, com mercado apostando no bom desempenho da classe ao longo do ano, o que implicaria cortes nos juros por parte do Fed. Na agenda, temos sentimento de Michigan.

Mundo

O dia foi de alta generalizada na Ásia, com as bolsas na China subindo mais de 2%, depois que o governo chinês marcou uma coletiva para apresentar um plano de estímulos ao consumo. A notícia foi bem recebida pelo mercado e ajudou a elevar o otimismo na região, que já vem recebendo atenção do mercado desde o efeito Deepseek, que causou um rali no segmento de tecnologia por lá. O sentimento mais positivo também se espalhou na Europa hoje e as bolsas por lá sobem, especialmente os setores ligados à economia chinesa. No entanto, a precaução persiste em meio às ameaças de novas tarifas, como por exemplo, os 200% prometidos a vinhos e bebidas alcoólicas. No campo macro, dados de inflação na Alemanha vieram em linha com o esperado, mas no Reino Unido, vimos números abaixo do consenso tanto para inflação quanto para produção industrial.

Brasil

O Ibovespa descolou de seus pares internacionais ontem e encerrou em alta de 1,43%, enquanto o dólar fechou em R$ 5,79. A alta da bolsa foi impulsionada pelo avanço de papéis como Vale e até mesmo B3. Mas, o que prevaleceu foi a narrativa de que a economia está em processo de desaceleração. O volume de Serviços recuou 0,2% em janeiro ante dezembro, em linha com o observado nas vendas ao varejo na última leitura. O mercado vem reprecificando a curva de juros e os prêmios, ajustando para uma possível desaceleração da atividade, o que levaria o Bacen a encerrar seu ciclo de alta dos juros antecipadamente. No cenário, ainda pesam as notícias sobre tarifas, mas por outro lado, estímulos na China podem trazer algum ânimo para o mercado local também.

Abertura

Na abertura, o índice dólar (DXY) opera estável, enquanto futuros em Nova Iorque avançam e juros das Treasuries têm leve alta. As commodities sobem com China e o Bitcoin opera em alta também, nos US$ 82 mil.

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