Alívio com “negociação” nas Tarifas, ajuda mercados
Mercados operam com viés positivo nesta sexta-feira, com certo alívio em relação às tarifas anunciadas pelo governo Trump, que vieram acompanhadas de prazos para negociação. A agenda dos Estados Unidos traz hoje dados das vendas no varejo e produção industrial. Na Europa, investidores acompanham a revisão do PIB da zona do euro, enquanto no Brasil, com agenda mais fraca o foco pode voltar para a política fiscal, com o governo buscando atender pautas prioritárias e mercado acompanhando evento da Fiesp com Gabriel Galípolo.
Estados Unidos
Os futuros em Nova York operam em leve alta, sugerindo a continuidade do movimento positivo registrado ontem. O otimismo vem do fato de que as tarifas "recíprocas" anunciadas pelo governo Trump não entrarão em vigor imediatamente, abrindo espaço para negociações que podem amenizar os impactos no comércio global. A agenda econômica desta sexta-feira traz indicadores relevantes, como as vendas no varejo e a produção industrial de janeiro, que podem oferecer sinais sobre a trajetória da economia americana e as futuras decisões do Federal Reserve em relação à política monetária. No setor corporativo, o destaque é o NatWest, que divulgou um lucro acima das expectativas no quarto trimestre, impulsionando o otimismo no setor bancário. Além disso, a Cisco e a AppLovin registraram fortes altas após apresentarem resultados melhores do que o esperado, reforçando o apetite por ações ligadas ao setor de tecnologia. O mercado também acompanha de perto os balanços das empresas varejistas, que podem oferecer pistas sobre o comportamento do consumidor americano neste início de ano.
Mundo
Bolsas asiáticas encerraram a sessão sem direção única, refletindo a cautela dos investidores com o cenário global. O índice Hang Seng saltou quase 4% em Hong Kong, impulsionado por ações do setor de tecnologia e saúde, em meio ao entusiasmo com novos avanços em inteligência artificial. Já no Japão, o Nikkei recuou, pressionado por um movimento de realização de lucros após ganhos recentes. Na Europa, os mercados iniciaram o dia operando de forma mista, com investidores avaliando os impactos das tarifas americanas e aguardando a divulgação de dados econômicos importantes, como a revisão do PIB da zona do euro. O setor bancário, apesar dos bons resultados do NatWest, opera em leve baixa, refletindo a cautela com o cenário econômico do Reino Unido.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão em alta, impulsionado por um alívio no mercado externo e a recuperação de setores chave como bancos e commodities. O desempenho foi favorecido pela possibilidade de negociação das tarifas comerciais dos EUA, reduzindo riscos de um conflito comercial maior, e pela percepção de uma postura mais cautelosa do Fed para a política monetária. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou ontem que a equipe econômica busca formas de viabilizar medidas de contenção de gastos. Investidores monitoram hoje resultados de seguradoras como Caixa Seguridade e Porto Seguro além da presença de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central em evento da Fiesp hoje.
Abertura
Na abertura, o índice dólar (DXY) recua, enquanto os futuros em Wall Street indicam leve alta. Os juros das Treasuries operam próximos da estabilidade após a queda de ontem com relaxamento do mercado diante do prazo de negociação nas tarifas de Trump. O petróleo avança, mas investidores seguem de olho na possibilidade do fim da guerra na Ucrânia.