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Bom Dia, Inter! 13.11.24

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Gabriela Joubert

Publicado 13/nov2 min de leitura

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Mercados estáveis hoje, antes de CPI nos EUA

Mercados de lado hoje no aguardo da leitura de inflação nos Estados Unidos e com investidores deixando a cesta Trump um pouco de lado, depois da euforia. No Brasil, foco está nas negociações do governo para o pacote de corte de gastos e resultados corporativos.

Estados Unidos:

Em dia no qual o foco é a inflação, futuros operam de lado, no aguardo da leitura do CPI que deve mostrar avanço de 0,2% m/m (2,6% a/a). Mercado passa a absorver os impactos de Trump II na evolução dos preços, uma vez que as expectativas são de que as políticas propostas pelo novo presidente, como imposição de tarifas e redução de impostos, possam levar a uma maior pressão inflacionária à frente e limitar o número de cortes de juros entregue pelo Fed. Membros da instituição já passam a sinalizar dúvidas sobre novo corte em dezembro e o mercado precifica mais dois cortes até junho do ano que vem versus quatro cortes esperado até semana passada. Os juros das T-Bonds de 10 anos estão acima de 4,4%. Por fim, Trump anuncia a criação do Department of Government Efficiency (na sigla DOGE) que será comandado por Elon Musk e Vivek Ramaswany, grandes apoiadores de Trump durante as eleições.

Mundo:

As bolsas fecharam sem direção única, com Nikkei e Hang Seng recuando e os índices chineses avançando. No Japão, o iene voltou a depreciar, o que deve levar a intervenção do governo no mercado de câmbio. Lá na China, governo corta impostos para quem for comprar imóvel residencial, visando impulsionar o mercado imobiliário. Na Europa, mercados operam em alta no geral, com investidores de olho nos caminhos tomados tanto pelo BCE (BC europeu) quanto pelo BoE (BC inglês). As expectativas são de que o BCE continue com sua trajetória de flexibilização da política monetária, enquanto na Inglaterra o futuro segue incerto, com gastos do governo e inflação no radar.

Brasil:

O Ibovespa encerrou em queda, porém mais leve que seus pares internacionais, recuando 0,14%. A bolsa brasileira teve influência da queda dos papéis da Vale que refletiu o recuo dos preços do minério de ferro, mas parcialmente compensado pela alta das ações da Petrobras e Localiza. A Ata do Copom com tom mais hawkish também influenciou as decisões de investimentos ontem, enquanto mercado aguarda impaciente pelo plano de corte de gastos do governo. O presidente Lula se encontra hoje com Pacheco e o ministro da defesa para negociações. Na agenda de hoje, teremos participação de Galípolo em evento e bateria de resultados corporativos, com B3, Banco do Brasil e outros.

Abertura:

Na abertura, o dia é de estabilidade. O índice dólar (DXY) tem leve alta e futuros em Wall Street operam praticamente de lado, enquanto juros das Treasuries se mantêm estáveis. Bitcoin recua um pouco, após chegar a ser cotado próximo a US$ 90 mil. Do lado das commodities, petróleo avança, mesmo com expectativas mais fracas de demanda na China. Minério de ferro avança.

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