Renda Variável


Bom Dia, Inter! 12.03.25

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Gabriela Joubert

Publicado 12/mar1 min de leitura

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Dia sim, outro também

Mais um dia de volatilidade com investidores de olho nos desdobramentos sobre o assunto tarifas, enquanto as incertezas ainda dominam as decisões de investimentos. Bolsas fecharam em queda ontem majoritariamente, sob o vai e vem das tarifas entre EUA e Canadá, mas hoje, futuros avançam antes de dados do CPI norte-americano. No Brasil, o IPCA fica no radar, depois da produção industrial abaixo do esperado ontem.

Estados Unidos

Apesar de terem iniciado o dia em tom de recuperação, as bolsas norte-americanas recuaram ontem e o S&P já cai mais de 5% no ano, impactado pelo aumento dos receios quanto aos impactos dó governo Trump II na economia. O sentimento ainda se divide entre os que veem o momento como fim do rali de alta, sendo, portanto, hora de procurar outras alternativas, e os que estão querendo aproveitar os dias de queda e comprar mais. No entanto, as recentes afirmações de que o país passará por um período de transição que poderá afetar negativamente os dados macro têm pesado mais e vemos projeções menores de lucros para o restante do ano. No radar hoje, teremos o CPI, com expectativas de avanços de 0,3% na inflação, desacelerando versus a leitura anterior e amanhã sai o PPI (inflação ao produtor), também com consenso apontando alta de 0,3%. Os dados de atividade ainda se mostram robustos, apesar de desacelerarem levemente. A decisão de manutenção de juros pelo Fed deve se manter ao longo deste semestre e seguimos apostando em um próximo corte na segunda metade do ano, apesar do sentimento do mercado ter piorado nos últimos dias e já vermos precificados cerca de três cortes para este ano.

Mundo

As bolsas asiáticas tiveram um dia misto, sem mudanças na narrativa, com guerra comercial prevalecendo por lá também. No Japão, dados de varejo vieram positivo e o presidente do BoJ afirmou que fará intervenções no mercado, caso necessário. A Toyota anunciou que deverá exportar veículos para os EUA de sua planta no Reino Unido para evitar parte das taxações. Na Europa, as bolsas avançam em bloco, e por lá o foco também será nos assuntos geopolíticos. A Comissão europeia anunciou tarifas retaliativas a importações norte-americanas em resposta às tarifas ao aço e alumínio. Ucrânia concordou com um cessar-fogo e agora decisão está com a Rússia. Lagarde fala hoje em conferência.

Brasil

Seguindo os pares internacionais, o Ibovespa encerrou em queda ontem de 0,81%, enquanto o dólar fechou em R$ 5,81. No Brasil, o risco fiscal fica de lado neste momento e contamina mais o cenário externo com tarifas e discussão sobre desaceleração da economia norte-americana. A variação nula da produção industrial ontem reforçou a tendência de desaceleração que observamos iniciar no fim do ano. A curva de juros corrigiu, com investidores mostrando um pouco de alívio dos prêmios bem elevados que temos visto. Hoje, mercado monitora IPCA de fevereiro. Teremos também o anúncio da MP do Consignado Privado e relator do Orçamento aguarda posição do governo sobre o remanejamento do orçamento para fazer jus aos recursos dos últimos benefícios anunciados.

Abertura

Na abertura, o índice dólar (DXY) avança 0,3%, enquanto futuros em Wall Street tentam novamente recuperação. Os juros das Treasuries estavam estáveis e o Bitcoin operava nos US$ 82 mil. Commodities estavam mistas, com petróleo em alta e ouro em queda.

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