Inflação nos EUA, juros no Brasil e dólar avança com China
Mercados estão atentos aos dados de inflação que saem hoje, buscando suporte para a decisão do Fed na semana que vem. Dólar avança perante outras moedas, com rumores de que China deixará o yuan desvalorizar. E no Brasil, teremos Copom, que deve aumentar a Selic em 0,75 p.p.
Estados Unidos:
As bolsas norte-americanas estão de lado nesta manhã, com investidores atentos aos dados de inflação, com expectativas de que o CPI avance levemente na comparação mensal, subindo 2,7% a/a. Na semana que vem, o Fed decidirá sobre sua taxa de juros e mercado precifica mais um corte de 25 p.b., mas já vemos a curva se ajustando, antecipando menos cortes que o previamente esperado para este ciclo, uma vez que a economia norte-americana continua surpreendendo positivamente e o mercado de trabalho ainda mostra sinais de robustez. No mundo corporativo, os papéis da GameStop subiram após a companhia reportar lucros, o que surpreendeu o mercado. O dólar sobe, com notícias de que a China deve deixar sua moeda desvalorizar, em resposta às ameaças de novas tarifas no novo governo Trump.
Mundo:
Notícias de que o governo chinês deve utilizar a desvalorização da sua moeda para compensar as possíveis tarifas impostas por Trump impactaram as moedas locais, mas principalmente o yuan. As bolsas por lá tiveram comportamento mistos nesta madrugada. Na Coreia, o presidente Yoon deve passar por processo de impeachment nesse fim de semana novamente. Na Europa, as bolsas estão também mistas, seguindo os movimentos nos mercados asiáticos. Por lá, a narrativa se mantém, com receios sobre os conflitos no Oriente Médio e as incertezas políticas em alguns países, como França. Mercados aguardam inflação nos Estados Unidos e decisão do BCE.
Brasil:
O Ibovespa fechou novamente em campo positivo ontem, em movimento contrário aos seus pares internacionais, subindo 0,80%, enquanto o dólar recuou levemente para R$ 6,04. Dentre os fatores que movimentaram o mercado, o IPCA desacelerou frente a outubro, avançando 0,39% em novembro, em linha com o esperado. Investidores agora se preparam para a última reunião do Copom do ano, na qual deverá ser decidido mais uma alta de 0,75 p.p. na Selic, em resposta à desancoragem que temos visto nas expectativas de juros e inflação, conforme as últimas leituras do relatório Focus. No campo político, Senado pode voltar a reforma tributária, mas a atenção ainda se concentra na tramitação do pacote fiscal no Congresso, que enfrenta resistência.
Abertura:
Na abertura, o índice dólar (DXY) avança nesta manhã, enquanto as bolsas em Wall Street e os juros das Treasuries estão de lado, antes do CPI. Commodities operam mistas, com alta do petróleo e queda do minério de ferro. Bitcoin avança.