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Bom Dia, Inter! 11.03.25

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Gabriela Joubert

Publicado 11/mar2 min de leitura

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Mercados amanhecem sob alívio, apesar da cautela

Depois da forte pressão negativa de hoje, mercados amanhecem mais calmos, porém ainda cautelosos, de olho nos efeitos das novas políticas de Trump, em especial sobre a possibilidade da escalda de uma guerra comercial global. Hoje, Trump se encontra com CEOs norte-americanos para alinhamentos. As bolsas operam mistas assim como os juros futuros em todo o mundo. No Brasil, produção industrial é destaque.

Estados Unidos

A segunda-feira foi de arrepiar para os investidores, com venda generalizada dos ativos, fazendo com que os índices recuassem fortemente. Nasdaq finalizou em queda de quase 4%. O cenário das tarifas impostas por Trump fez aumentar os questionamentos de uma possível desaceleração na economia que poderia, inclusive, levar a uma recessão. A dominância norte-americana passa a ser questionada e já vemos movimentações nos portfólios globais, com redução de exposição não só ao setor de tecnologia, as Mag 7, mas também à própria economia norte-americana. No entanto, vale ressaltar que os dados macro ainda se mostram fortes e esta semana mercado monitorará atento aos números de inflação, além do JOLTs que sai hoje, com mais informações sobre o mercado de trabalho. No segmento corporativo, analistas passam a revisar projeções de lucros para o restante do ano, o que pode seguir adicionando pressão no S&P500. Hoje, Trump tem encontro com CEOs norte-americanos para discussões sobre tarifas, impostos e outras medidas.

Mundo

Na Ásia, as bolsas tiveram um dia misto também, com o Nikkei e a bolsa em Hong Kong recuando, enquanto na China, os mercados encerraram em alta, apesar de passarem o dia também em campo negativo. No Japão, tivemos dados macro em direções divergentes, com consumo das famílias mais baixo que o esperado, mas encomendas de máquinas avançando acima do consenso. Na Europa, as bolsas também estão sem direção definida nesta manhã, com investidores processando ainda o novo cenário que se desenha com menor participação dos Estados Unidos na economia local e aumento das despesas com defesa na Alemanha. No Reino Unido, vendas ao varejo ficou abaixo do esperado, com consumidores mais cautelosos. No desempenho anual, no entanto, vemos as bolsas europeias performando acima dos índices norte-americanos, com investidores revisando posições estratégicas em seus portfólios.

Brasil

O Ibovespa seguiu os pares globais, mas em menor magnitude, e encerrou em baixa ontem de 0,41%, enquanto o dólar fechou em R$ 5,85. Hoje, mercado local segue monitorando exterior, com Trump e tarifas, além do movimento das commodities. No radar, teremos dados de produção industrial de janeiro, com projeção de alta de 0,4%. Mercado monitora de perto os dados de atividade, em busca da confirmação de que vemos uma desaceleração ganhando tração, o que poderia levar o Bacen a encerrar este ciclo de alta antes do previsto. Temos também alguns números da temporada de balanço ainda fazendo seu preço.

Abertura

Na abertura, o índice dólar (DXY) recua 0,3%, enquanto futuros em Wall Street buscam leve recuperação. Os juros das Treasuries estavam de lado. Petróleo opera estável também e bitcoin sobe a US$ 81 mil.

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