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Bom Dia, Inter! 10.12.24

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Gabriela Joubert

Publicado 10/dez2 min de leitura

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Saúde de Lula e IPCA, em dia ameno no exterior

As expectativas com China arrefecem e mercados continuam de lado, no modo espera, antes da leitura da inflação nos Estados Unidos, com CPI saindo amanhã. No radar também, a decisão do BCE que deve cortar mais uma vez os juros. No Brasil, saúde de Lula e IPCA são destaques, além de pacote fiscal e antes do Copom na quarta.

Estados Unidos:

Índices em Wall Street estão estáveis nesta manhã, com investidores atentos aos dados de inflação, com o CPI que sai amanhã, e deve mostrar um leve repique, consolidando as apostas de um corte de 25 p.b na reunião da semana que vem. No entanto, uma leitura muito acima do esperado poderia levar o Fed a pausar seu ciclo de cortes, enquanto avalia a evolução dos dados macro, já que economia e mercado de trabalho continuam saudáveis. As bolsas norte-americanas continuam de lado em dezembro, o que não desmerece o forte desempenho do ano, com alta generalizada dos mais diversos setores no S&P 500, com destaque para tecnologia, mas também o setor financeiro e consumo. No corporativo, os papéis da Oracle despencam mais de 8%, após resultados decepcionantes. As ações da Nvidia também caem, com notícias de processo do governo chinês contra a empresa sob alegação de monopolismo no setor.

Mundo:

Na China, as bolsas abriram em alta, mas perderam fôlego ao longo do dia. Por lá, as exportações cresceram 6,7% a/a, desacelerando ante o mês anterior, e vindo abaixo das expectativas, enquanto as importações recuaram ainda mais, 3,9% a/a, mais que o esperado. No Corporativo, as receitas da TSMC, fabricante taiwanesa de semicondutores, subiram mais de 34% em novembro, em reflexo a demanda ainda forte de AI, apesar das expectativas de desaceleração na construção de data centers. Já na Europa, bolsas operam em terreno negativo e por lá as incertezas políticas e o crescimento econômico fraco pesam nos índices, enquanto agentes passam a questionar a posição do BCE quanto à velocidade dos cortes nos juros. O gap entre o STOXX (principal índice acionário europeu) e o S&P500 aumenta ainda mais, aumentando também a pressão sobre os governos locais.

Brasil:

Ontem, o Ibovespa encerrou descolado dos pares, subindo 1%, puxado por Vale que foi beneficiada pelas notícias de China e seus efeitos sobre os preços do minério de ferro. O dólar, por sua vez, fechou em R$ 6,08. Por aqui, mercado ainda monitora a tramitação do pacote de gastos pelo Congresso, onde as chances de alterações são grandes. Ainda, teremos decisão do Copom esta semana, com apostas de aumento de 0,75 p.p. ainda em maioria, mas com alguns agentes acreditando que poderíamos ver uma alta de até 1 p.p.. Antes disso, o IPCA também fica no radar, com expectativas de desaceleração na comparação mensal, pelo efeito da bandeira verde na conta de luz. Lula é operado às pressas em São Paulo, após sentir fortes dores de cabeça, e agora fica sob acompanhamento.

Abertura:

Na abertura, o índice dólar (DXY) sobe, mas futuros em Nova Iorque operam de lado, enquanto juros das Treasuries têm leve avanço. Bitcoin volta a subir para US$ 97.000. Commodities estão em leve correção nesta manhã, após forte alta de ontem.


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