Back to Trump I
A notícia de que os Estados Unidos devem importarifas às importações de aço e alumínio movimentam os mercados hoje, fazendo com que as ações do setor disparem no pré-mercado e o dólar e o ouro avancem, com investidores atentos ao novo capítulo do movimento protecionista adotado por Trump. A semana será movimentada, com agenda político-econômica cheia tanto lá fora quanto no Brasil, especialmente com dados de inflação.
Estados Unidos
Na sexta, as bolsas em Wall Street encerraram em queda, com investidores receosos com os efeitos das medidas adotadas por Trump na economia, em especial as tarifas (aliás, falamos sobre os impactos das tarifas no episódio do Inter&Copodcast). Mercado também precificou os dados de payroll que mostraram uma moderação no mês passado, apesar de bastante sólidos na leitura de 2024. Nesta segunda, bolsas avançam com notícias de que Trump adotará novas tarifas às importações de aço e alumínio, repetindo o que vimos em Trump I, quando, por fim, a Section 232 entrou em vigor, implementando tarifas e cotas no setor. Os papéis das empresas de siderurgia avançam, com certo otimismo no setor. De qualquer maneira, mercados operam atentos à agenda da semana que promete ser agitada. Teremos o testemunho de Powell que deve aproveitar para reforçar a mensagem de que não há pressa para cortar os juros, ao mesmo tempo em que Trump diz haver irregularidades no Departamento do Tesouro, apontada pelo time de eficiência de Elon Musk. Atenção também à inflação, com CPI saindo nos próximos dias.
Mundo
Na Ásia, as bolsas avançaram em sua maioria. As tarifas anunciada pela China em retaliação aos Estados Unidos entram em vigor hoje e conversa entre Xi e Trump ficam no radar. No macro, a inflação por lá deus sinais mistos, com CPI acelerando e PPI ainda mostrando dificuldades. Em Hong Kong, o índice subiu puxado pelo setor de tecnologia. Já na Europa, bolsa sobem em bloco, apesar dos receios com tarifas, mas o foco fica com os dados macro, além de notícias como plano de investimentos em AI anunciada por Macron, na França, e debate na corrida eleitoral na Alemanha. A confiança do consumidor melhorou em fevereiro para a zona do euro.
Brasil
A bolsa brasileira recuou 1,27% na sexta, enquanto o dólar fechou em R$ 5,80. Tivemos os resultados dos grandes bancos que mostraram forte crescimento nos lucros, mas sinalizaram desafios para o restante do ano. Nesta segunda, o mercado deve operar com certa volatilidade, já que as tarifas anunciadas por Trump podem afetar companhias brasileiras. Com isso, podemos ver algum efeito na bolsa, além de reflexos no real, com a valorização do dólar ante outras moedas globais. Hoje, mercado local foca no relatório Focus, monitorando as expectativas de inflação. Teremos também fala de Lula em evento. No mundo dos investimentos, volta à tona as discussões sobre tributação de fundos imobiliários (FIIs) e nos Fiagros.
Abertura
Na abertura, o índice dólar (DXY) avança, assim como as bolsas em Nova Iorque. Os juros das Treasuries tinham pouca mudança, enquanto o bitcoin subia, operando próximo a US$ 97 mil. Ouro tem forte alta, junto com mais commodities, em especial o petróleo.