Desmembramento das Big Techs e IPCA
Mercados hoje digerem as notícias sobre possível desmembramento dos negócios da Alphabet, dona do Google, além reavaliarem cenário macroeconômico nos Estados Unidos e o ciclo de cortes pelo Fed. No Brasil, IPCA é o principal indicador de hoje e Galípolo é aprovado para o comando do Bacen.
Estados Unidos:
Após encerrarem em alta ontem, hoje futuros amanhecem pressionados em Nova Iorque com notícias de que as autoridades norte-americanas estão pressionando a Alphabet, dona do Google, a vender parte de seus negócios visando diminuir o oligopólio desta e outras empresas de tecnologia. O assunto vem ganhando força nos bastidores corporativos e pressiona os papéis das big techs. Do lado macro, o cenário de no landing começa a ser colocado novamente sob discussão, após o payroll na semana passada, e investidores voltam a precificar menos cortes pelo Fed no ano com apostas de um corte de 25 p.b. na próxima reunião se consolidando. Os juros das Treasuries de 10 anos voltaram para o patamar de 4%, puxados pelas falas de membros do Fed que reforçaram o call de parcimônia para as próximas reuniões. Hoje temos Ata do Fed.
Mundo:
Na Ásia, as bolsas fecharam em forte queda, com mercado ainda decepcionado com as medidas fiscais anunciadas pelo governo chinês, descrentes de que estas serão suficientes para que a economia cresça 5% este ano, passada a euforia das últimas semanas. Os índices chineses tiveram queda acentuada, assim como a bolsa em Hong Kong. Pesou também os dados mais fracos de consumo no feriado da Golden Week. Na Europa, bolsas estão mistas nesta manhã. Investidores se preparam para a decisão de juros pelo BCE na próxima semana que já vem se mostrando mais dovish e deve trazer mais um corte. No corporativo, China deve seguir influenciando as bolsas por lá, em especial setores como Varejo de Luxo e mineração.
Brasil:
A decepção com China pesou no Ibovespa ontem que fechou em queda de 0,38%, puxada pelas exportadoras, em especial Vale, que recuou mais de 3%. O dólar encerrou em R$ 5,53. Destoando, os papéis da Azul ontem avançaram quase 8% com notícias de que a companhia teria fechado acordo com fornecedores para reduzir os passivos da empresa. Galípolo foi aprovado ontem no Senado para o comando do Banco Central, no lugar de RCN. Hoje o foco se volta para o IPCA de setembro, no qual espera-se leve aceleração de 0,45%, após a queda em agosto. Os dados de inflação serão acompanhados de perto, uma vez que a trajetória de queda de preços pode ser ponto importante para os próximos passos do Copom e a Selic até o fim do ano.
Abertura:
Na abertura, o índice dólar (DXY) avança timidamente, enquanto futuros em Wall Street recuam e juros das Treasuries operam estáveis. Commodities caem. Bitcoin também.