Trump II. Bolsas, juros e dólar disparam
Trump vence as eleições e mercado precifica o pacote Trump, com bolsas, juros e dólar em alta nesta manhã, conforme analistas esperam um governo com mais pressões inflacionárias. Mercados globais ajustam suas posições e na Ásia, índices encerraram mistos, mas na Europa bolsas sobem, apesar das incertezas quanto ao comércio global. No Brasil, Copom e pacote de redução de gastos ficam no radar.
Estados Unidos:
O republicano Donald Trump vence as eleições e se torna o 47º presidente dos Estados Unidos, nesta que foi uma das mais acirradas disputas para a Casa Branca. O partido republicano ganhou também o controle do Senado, o que pode auxiliar na governabilidade do novo presidente. Com isso, os mercados amanhecem fervorosos e a cesta Trump sente os efeitos. Futuros em Wall Street disparam, com o S&P 500 avançando mais de 2%. O dólar também ganha força perante demais moedas, com o DXY avançando 1,4% nesta manhã. Ao mesmo tempo, os juros das Treasuries avançam, com os T-Bonds de 10 anos batendo 4,42%. Bitcoin dispara mais de 6%. No corporativo, os papéis da Trump Media disparam 25%, seguido pelas ações da Tesla que avançam 15%. Outros papéis como JP Morgan e Bank of America também avançam, com expectativas de uma regulamentação mais branda no setor.
Mundo:
Na Ásia, as bolsas operaram mistas nesta madrugada, mas em Hong Kong houve queda no índice sob receio de mais tensões entre China e Estados Unidos já que o novo presidente já havia declarado aumento de tarifas sobre importações chinesas. No Japão, o Nikkei avançou, com enfraquecimento do iene. Na Europa, as bolsas avançam, operando com a menor volatilidade do dia e, por lá, investidores processam as implicações desta vitória no comércio exterior, já que Trump sinalizou tarifar importações inclusive de aliados, além do cenário macroeconômico e as decisões de juros pelos bancos centrais locais.
Brasil:
No Brasil, a bolsa ontem encerrou próxima à estabilidade, enquanto investidor local aguardava os resultados das eleições norte-americanas, bem como notícias do governo sobre o novo pacote de corte de despesas. As expectativas com relação à redução de gastos foram elevadas quando Haddad cancelou sua viagem à Europa a pedido do presidente. O real se fortaleceu perante o dólar e fechou em R$ 5,74. No corporativo, o Itau Unibanco foi o destaque e os papéis avançaram 3%. Câmara aprovou na noite de ontem projeto de lei com novas regras para o uso de emendas parlamentares e agora o texto vai ao Senado. Hoje, além da definição das eleições nos Estados Unidos, mercado aguarda a decisão do Copom que deve trazer novo aumento de 50 p.b. na taxa de juros, em razão da continuidade da pressão e desancoragem das expectativas locais sob inflação e juros.
Abertura:
Na abertura, o índice dólar (DXY) tem forte alta, assim como futuros em Wall Street e os juros das Treasuries, com os T-Bonds de 30 anos batendo as máximas. Criptoativos também disparam e o Bitcoin bate novo recorde, em US$ 74 mil. Commodities recuam em sua maioria.