Bitcoin bate a marca dos US$ 100 mil com mercados empolgados com a indicação por Trump de nome favorável aos criptoativos para a cadeira principal da SEC. Mercados seguem ajustando posições de acordo com expectativas do novo governo, enquanto monitora dados macro. No Brasil, fiscal continua sendo a principal narrativa a movimentar os mercados.

Estados Unidos:

Índices em Nova Iorque flutuam esta manhã, após o 56 recorde do S&P 500 ontem, fazendo de 2024, por enquanto, o melhor ano da bolsa norte-americana desde 2019. Ontem, falas de Powell ressaltando as excelentes condições da economia ajudaram a manter o otimismo por lá. Em evento ontem, o presidente do Fed afirmou que os riscos para o mercado de trabalho diminuíram, e que a instituição poderia caminhar agora para o nível neutro dos juros. As apostas seguem de um corte de 25 p.b. na próxima reunião em dezembro. Agora, mercado monitora dados de seguro-desemprego antes do payroll na sexta-feira. O relatório ADP ontem veio em linha com as estimativas, mostrando que mercado de trabalho continua saudável. Investidores passam agora a antecipar os movimentos do novo governo e seus impactos na economia, no dólar, inflação e bolsa.

Mundo:

Na Ásia, as bolsas tiveram comportamento misto nesta madrugada. Na Coreia do Sul, o presidente deve passar por processo de impeachment neste fim de semana, após tentativa de imposição de lei marcial esta semana. No Japão, mercado aguarda decisão do BoJ que deve anunciar aumento nos juros. Já na Europa, a líder da extrema direita, Marine Le Pen se juntou com coalisão de esquerda contra a administração do atual governo, aumentando as turbulências políticas no país e na região. De qualquer maneira, mercados avançam nesta manhã, os bonds franceses recuperam, assim como o euro.

Brasil:

O Ibovespa fechou próximo à estabilidade ontem, aos 126 mil pontos, com recuo de 2% da Vale pesando no índice. O dólar fechou em R$ 6,04. O que movimentou o mercado ontem foram as falas de Haddad, criticando a reação do mercado ao pacote de gastos, além de afirmação de Lira sobre o compromisso da Câmara para a aprovação do pacote o quanto antes. Sem dúvidas, o fiscal continua no radar dos investidores que também processam a volta das discussões sobre tributação de lucros e dividendos acima de R$ 50 mil. Ontem, dados de produção industrial mostraram recuo de 0,2%, após dois meses de alta, mas na comparação anual, a indústria continua em crescimento acelerado, com alta de 5,8% ante 2023. Mercado se prepara para a reunião do Copom na semana que vem, na qual se espera novo aumento na Selic. Hoje temos na agenda, dados da balança comercial.

Abertura:

Na abertura, o índice dólar (DXY) tem leve queda, enquanto futuros em Nova Iorque operam sem direção. Os juros das Treasuries têm avanço tímido e as commodities tem comportamento variado, com petróleo em alta antes de reunião da OPEP+ e minério de ferro em queda. Bitcoin fica acima de US$ 100 mil, com indicação por Trump de simpatizante das criptomoedas para a chefia da SEC.