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Bom Dia, Inter! 05.02.25

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Gabriela Joubert

Publicado 05/fev2 min de leitura

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Techs pesam nos índices e China segue na mira de Trump

Bolsas operam sob pressão do setor de tecnologia nesta manhã, após resultados mais fracos que o esperado da Alphabet (Google) e da AMD. Os receios sobre uma guerra comercial também continuam afetando os mercados e o índice VIX volta a subir, enquanto Xi e Trump negociam. A temporada de balanços na Europa traz bons números, com destaque para Santander e Novo Nordisk. Dólar perde força e o iene e o ouro atuam como porto seguro.

Estados Unidos

Apesar de encerrarem em alta ontem, refletindo o alívio sobre a suspensão de tarifas para Canadá e México, hoje os índices estão sendo afetados pelos resultados do setor de tecnologia. Ontem a Alphabet, dona do Google, reportou números abaixo do esperado, impactados por menor crescimento no seu negócio de nuvem e levantou questionamentos sobre o retorno dos bilhões investidos até agora em IA. AMD também cai. Os impasses entre as negociações com Xi Jinping também pesam nos mercados hoje que receiam escalada da guerra comercial, atentos ao posicionamento da China. Hoje, teremos PMIs de serviços e composto, pesquisa ADP de empregos no setor privado, além da balança comercial, e mercado acompanhará atento, tentando antecipar os próximos movimentos do Fed, que deverão estar ligados ao desempenho dos dados macroeconômicos. Na sexta, teremos também payroll e desemprego.

Mundo

Na Ásia, as bolsas subiram pelo segundo dia consecutivo, exceto pelos índices chineses que voltaram hoje do feriado lunar e corrigiram, refletindo o movimento global dos últimos dias. No Japão, o iene ganha força e por lá salários subiram, enquanto na China, o PMI de Serviços recuou, apesar de se manter em patamar expansionista. Na Europa, as bolsas estão pressionadas hoje, mas ponderadas por balanços fortes de Novo Nordisk e outras farmacêuticas, além do Santander, este último inclusive anunciando programa de recompra de ações. O PMI de Serviços na zona do euro veio abaixo das expectativas e, na França, a produção industrial desapontou.

Brasil

Com o enfraquecimento do dólar ante seus pares globais, o real ganhou força novamente e fechou em R$ 5,75 ontem, em meio à redução das tensões diante das tarifas norte-americanas a países aliados. No entanto, em movimento contrário aos seus pares internacionais, o Ibovespa recuou 0,65%, ainda prejudicado pelo cenário externo e as incertezas no cenário doméstico. A preocupação com as contas públicas segue como principal catalisados do mercado local que também monitora a temporada de balanços. Hugo Motta, novo líder da Câmara, deve se encontrar com Haddad para alinhar as prioridades da agenda de 2025. Hoje, teremos dados de produção industrial de dezembro que deve registrar mais um mês de queda, reafirmando as expectativas de desaceleração da economia. No foco corporativo, mercado processa resultados de PRIO e Santander.

Abertura

Na abertura, o índice dólar (DXY) está em queda, com dólar perdendo força ante moedas globais. Futuros em Wall Street estão em campo negativo, sob pressão do setor de tecnologia e os juros das Treasuries recuam, com o T-Bond de 10 anos em 4,48%. Petróleo cai, enquanto ouro avança novamente. Bitcoin opera próximo a US$ 98 mil.

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