Eleições, decisões dos Bancos Centrais e resultados corporativos
Semana terá agenda cheia, com investidores de olho nas eleições presidenciais norte-americanas, decisões do Fed, Copom, BoE e outros bancos centrais globais, além da temporada de balanços que ganha tração no Brasil. Falando em Brasil, Haddad cancela viagem à Europa e reacende a esperança de anúncio de pacote fiscal.
Estados Unidos:
Todo o foco nas eleições presidenciais amanhã e a volatilidade nos mercados continua, especialmente após as pesquisas do fim de semana mostrarem Harris à frente do republicano Trump. Com isso, observamos alguma reversão das posições que vislumbravam um segundo termo de Trump e o dólar está em queda nesta manhã, assim como os juros das Treasuries, com o T-Bonds de 10 anos em 4,29%. Já os índices norte-americanos operam estáveis, buscando o campo positivo ajudados pela temporada de balanços e os resultados das Big Tech, especialmente Amazon e Nvidia. Esta última desbancou a Intel na semana passada e passa a listar no índice Dow Jones. Apple recua, depois que Berkshire Hathaway, empresa de Warren Buffet mostrou que continua vendendo os papéis da companhia. Temos também decisão do Fed esta semana, com expectativas de um corte de 25 p.b., dando continuidade ao ciclo de flexibilização iniciado em setembro, mas desacelerando em razão da resiliência da economia norte-americana.
Mundo:
As bolsas asiáticas tiveram madrugada majoritariamente positiva, mas investidores globais atentam para a Comissão Permanente do Congresso Nacional do Povo (NPC) na China que acontece esta semana e da qual se espera que um pacote fiscal seja anunciado viando estimular a economia. Na Europa, o sentimento do investidor melhorou de acordo com a pesquisa Sentix e, por lá, mercado se prepara para decisão de juros do BC da Inglaterra, no qual se espera um corte de 25 p.b. também, após a leitura dos últimos dados macroeconômicos que mostram desaceleração da inflação, salários e atividade mais fraca. Entretanto, a incerteza prevalece para as próximas reuniões, principalmente após o orçamento divulgado na semana passada.
Brasil:
Haddad cancela viagem à Europa a pedido de Lula que reforçou foco na agenda doméstica, o que reforçou as apostas de que o tão aguardado pacote de redução de despesas possa ser divulgado ao longo da semana. A semana traz agenda robusta, com decisão do Copom que deve trazer novo aumento de 50 p.b. na Selic, andando na contramão do mundo, conforme o Banco Central luta para ancorar novamente as expectativas de juros e inflação. Ainda no macro, teremos dados de IPCA na sexta-feira, mas antes saberemos o IGP-DI e números da balança comercial. No campo corporativo, a agenda da temporada de balanços também vem forte, com resultados de Itau Unibanco, BB Seguridade, Tim, Gerdau, Eletrobras, Petrobras e outras.
Abertura:
Na abertura, o índice dólar (DXY) recua com pesquisas mostrando Harris à frente, futuros em Wall Street tentam se manter em campo positivo, enquanto os juros das Treasuries recuam levemente. As commodities operam mistas, com forte alta do petróleo, após OPEP manter guidance de produção, e queda no minério de ferro. Criptoativos recuam.