Mercados seguem de olho na escalada dos conflitos no Oriente Médio. Na Ásia o pacote chinês ainda faz mercados destoarem do ocidente. Hoje mercados ensaiam alguma recuperação, mas aguardam dados do Payroll para entender a intensidade do próximo movimento do Fed. Por aqui mercado discorda da Moody’s e devolve ganhos, de olho hoje na balança comercial.

Estados Unidos

Bolsas norte-americanas performaram no campo negativo e ainda repercutem a escalada das tensões no Oriente Médio, com temores de que Israel ataque bases petrolíferas no Irã. Os dados de serviços acima do esperado e a greve em portos nos EUA também ajudaram com o clima de cautela, com investidores de olho na intensidade do próximo movimento do Fed e nos impactos da greve na cadeia de suprimentos. No destaque corporativo, ações da Tesla caíram mais de 3% com a saída do CIO antes do evento de apresentação do novo Robotaxi da empresa e também com a retirada do modelo mais barato no site da companhia. Na ponta contrária, ações da Nvidia avançaram com o CEO mantendo boas expectativas para a demanda por chips da companhia e ações da companhia de energia nuclear, Vistra, subiam mais de 5% com a possibilidade de bigtechs fecharem contratos no setor em função dos negócios com I.A. Hoje mercado fica atento à divulgação do relatório de emprego nos EUA.

Mundo

Bolsas na Ásia fecharam em alta seguindo otimismo com o pacote de estímulos anunciado pelo governo chinês na semana passada. Em Tóquio, o primeiro-ministro do Japão também quer elaborar um pacote econômico extenso, o que acabou mantendo as ações em alta. Mercados na Europa fecharam em queda ontem, com temores com o avanço do conflito no Oriente Médio, mas abrem hoje em leve alta à espera do Payroll nos EUA. Apesar disso, o mercado no Reino Unido opera em baixa, após o economista-chefe do Banco da Inglaterra defender cautela na redução dos juros.

Brasil

Ibovespa perdeu quase 2 mil pontos ontem, pressionado por Vale e bancos, devolvendo todo o ganho obtido após elevação de rating dado pela Moody’s. O mercado segue em tom de cautela e preocupado com as contas públicas, discordando da perspectiva positiva dada pela agência de rating. O déficit primário de R$ 22 bilhões em agosto anunciado pelo governo ontem veio em linha com o esperado pelo mercado e contribuiu para o sentimento negativo. A curva de juros subiu e o dólar também avançou, registrando R$ 5,49. Mercado acompanha hoje a balança comercial e monitora agenda externa.

Abertura

Na abertura, o índice dólar (DXY) recua, enquanto futuros em Wall Street ensaiam recuperação e os juros das Treasuries recuam antes do Payroll. O Petróleo segue em alta e na semana já sobe quase 10% com a escalada dos conflitos no Oriente Médio. Bitcoin avança, mas vai encaminhando para uma semana negativa.