Conflitos no Oriente Médio colocam mercado em modo de espera
Tensão com Israel coloca mercados em modo cautela, enquanto PMIs globais sinalizam desaceleração na atividade fabril e, na China, bolsas avançam novamente na volta do feriado. O índice VIX, que monitora a volatilidade dos mercados, volta a operar próximo dos 20 pts. No Brasil, elevação de rating ajuda, assim como commodities, mas fiscal ainda pesa.
*Estados Unidos:*
Os índices em Wall Street encerraram em queda ontem, com destaque para o Nasdaq que recuou mais de 1%, com investidores receosos com a escalada dos conflitos no Oriente Médio. No radar também, dados macroeconômicos. Ontem números mostraram aumento na criação de vagas, apesar da menor taxa de contratação estar consistente com um mercado de trabalho que desacelera. Esta semana, mercado aguarda também dados de payroll, mas antes temos relatório ADP hoje. Com a inflação em queda e economia desacelerando, as apostas de um novo corte pelo Fed em novembro vão se consolidando, mas ainda há divisão entre 25 e 50 p.b. No entanto, a recente escalada nos preços de commodities, em especial energéticas, podem trazer desafios adicionais. O T-Bond 10 anos voltou a subir, batendo 3,76%. Hoje bolsas estão de lado, monitorando resposta de Israel aos ataques feitos pelo Irã.
*Mundo:*
Na volta do feriado, as bolsas asiáticas tiveram maior alta em dois anos, conforme Beijing seguiu demais cidades e anunciou medidas de flexibilização para compra de casas. Os estímulos recentemente anunciados pelo governo chinês têm movimentado os ativos locais, além de setores específicos globalmente, como commodities, com mineradoras, e varejo de luxo. Na Europa, a tensão prevalece e as bolsas operam mistas. Os papéis de energia e defesa têm forte avanço nesta manhã, em resposta aos desdobramentos geopolíticos na região que fizeram elevar os preços do petróleo.
*Brasil:*
O Ibovespa encerrou em alta ontem de 0,51%, enquanto o dólar ficou em R$ 5,43, em dia marcado pela escalada dos conflitos no Oriente Médio, após ataque de Irã a Israel. As commodities avançaram e ajudaram a impulsionar os papéis das exportadoras, principalmente as petroleiras. Mercado também deve processar a elevação de rating do país divulgada pela Moody´s ontem, mantendo a perspectiva positiva para o Brasil. No entanto, o fiscal continua como a pedra em nosso sapato, com claros incômodos do mercado sobre decisão do governo em reduzir contingenciamento de gastos e voltar a apresentar soluções criativas para o orçamento. Hoje mercado local monitora produção industrial e entrevista do Tesouro Nacional sobre o Relatório Mensal da Dívida Pública.
*Abertura:*
Na abertura, o índice dólar (DXY) tem leve alta, enquanto futuros em Nova Iorque operam de lado e os juros das treasuries avançam. As commodities estão em alta, principalmente petróleo, com riscos geopolíticos no Oriente Médio. Bitcoin sobe.