Bolsas de lado e bonds em rali com dados da inflação
Bolsas amanhecem estáveis hoje, enquanto investidores aguardam bateria de dados macro no globo e processam números de inflação melhores que o esperado na Europa e que impulsionam as apostas de mais cortes pelo BCE, levando a um rali nos bonds. No Brasil, blue chips pesam no Ibovespa e investidores monitoram rol de dados macro na semana.
Estados Unidos
As bolsas norte-americanas iniciaram a semana em campo positivo e investidores monitoram diversos dados de mercado de trabalho que saem ao longo da semana, fechando com payroll na sexta. O Fed tem deixado claro a importância de um mercado de trabalho saudável, já que inflação parece não preocupar tanto e mercado divide-se entre apostas de 25 ou 50 p.b. no corte para a próxima reunião. Estamos vendo precificação de até 190 p.b de flexibilização até o fim do ano que vem, o que seria um ciclo de cortes tão agressivo quanto foi o ciclo de alta dos juros. No entanto, alguns grandes nomes da indústria de investimentos, como Larry Flink da BlackRock sinalizam que essa magnitude esperada para os cortes pode ser exagerada. Mercado já se prepara também para a temporada de balanços, com bancos dando o pontapé inicial na próxima semana.
Mundo
Os mercados asiáticos fecharam mistos nessa madrugada, com diversas bolsas fechadas por conta de feriado local. Por lá, o destaque de alta ficou com o Nikkei, após o recém-eleito primeiro-ministro Ishiba ter dito que apoia a recente trajetória de juros do BoJ. Na Europa, bonds avançam nesta manhã refletindo os dados de inflação na região que vieram abaixo da meta de 2% pela primeira vez desde 2021. A expectativa é de que o BCE entregue mais um corte de 0,25 p.p. este mês, em meio a necessidade de impulsionar a economia que segue desacelerando. Por ali, investidores também monitoram os ataques de Israel ao Líbano e a possibilidade de maior escalada de conflitos no Oriente Médio.
Brasil
O Ibovespa encerrou em queda de 0,69% ontem, enquanto o dólar fechou em R$ 5,44, destoando dos mercados em Nova Iorque. Por aqui, pesaram os papéis da Vale que caíram 0,70%, bem como o recuo da Petrobras e dos grandes bancos, ou seja, dia de queda generalizada das blue-chips. As discussões sobre os juros aqui continuam, assim como as preocupações sobre os efeitos de uma Selic mais alta na economia, em especial no balanço das empresas. Na agenda política, o Senado segue discutindo a reforma tributária e parlamentares focam nas eleições municipais com primeiro turno se aproximando. Hoje sai também a relação das Bets liberadas.
Abertura
Na abertura, o índice dólar (DXY) sobe, assim como os juros das Treasuries, enquanto as bolsas ficam de lado em Nova Iorque e avançam na Europa. Bitcoin têm leve avanço. Pelo lado das commodities, petróleo recua e segue volátil com os ataques no Líbano.