ParanoramaGeral: A bolsa brasileira fechou a semana passada praticamente estável, com ventos favoráveis da China contribuindo para a performance, mas sendo compensada pelo mau humor global e pelo IPCA-15 que veio acima do esperado na sexta-feira. A semana começa com forte pressão nos principais mercados do mundo, com ações de tecnologia pressionadas pelo novo concorrente chinês ao ChatGPT, o DeepSeek que possui baixo custo de infraestrutura e já ultrapassou o GPT em downloads na Apple Store nos EUA. A semana será marcada pela decisão de juros nos EUA e no Brasil na quarta-feira e na quinta o Banco Central Europeu também define sua taxa de juros.

Valuation: o índice segue 1 desvio padrão abaixo da média histórica, a 6,7x lucros esperados para os próximos 12 meses. A percepção geral é de que está atrativo em valuation, sustentado pelo lucro das empresas, mas que o ambiente macro segue mantendo investidores de fora e embutindo o risco na precificação. Small Caps seguem com elevado desconto, negociando a 8x lucros, 39% abaixo da média dos últimos cinco anos.

Fluxo estrangeiro: o fluxo do investidor estrangeiro se manteve positivo na semana passada, totalizando agora R$ 3,6 bi no acumulado de janeiro. Desta forma em janeiro o estrangeiro virou o principal comprador da bolsa, frente aos demais investidores.

Panorama Setorial: o desempenho da semana passada foi puxada principalmente por ações da indústria, tecnologia e consumo. No ano as melhores performances têm sido direcionadas para a Indústria, Telecom, Tecnologia e Educação que mostra uma recuperação do pior desempenho do ano passado.

Oportunidades:Seguimos com preferência a setores defensivos, com histórico resiliente nos resultados dado ao momento mais pressionado. Financeiro, especialmente seguradoras e exportadores no caso de Papel e Celulose e Indústria seguem como preferidos. Por outro lado, setores bastante descontados como o de Saúde tem nos chamado atenção.